Ibovespa Juros altos e corrida tributária aquecem renda fixa: Veja as debêntures mais compradas em 2025
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O cenário de juros elevados tem mantido as debêntures aquecidas no Brasil. Segundo estudo da Quantum Finance, nos primeiros seis meses de 2025, empresas captaram R$ 192,7 bilhões por meio desse instrumento, dos quais R$ 74,5 bilhões vieram de debêntures incentivadas — o maior patamar semestral já registrado.
No mercado secundário, o interesse dos investidores também aumentou. O volume de negociações cresceu 22,6% na comparação anual, refletindo maior liquidez e apetite pelo segmento.
O levantamento revela ainda quais debêntures estão no radar dos gestores. Por volume investido, destacam-se papéis emitidos por B3 (B3AS3), Cielo (CIEL3) e Chesf. Já em número de fundos com posição, as líderes são Tim (TIMS3), Eletrobras (ELET3) e Arteris Intervias.
Confira o ranking por volume investido:
| Ticker | Debênture | Volume investido |
|---|---|---|
| BSA318 | B3 Brasil Bolsa Balcão – DI + 0,62% | R$ 4.714.902.726,05 |
| CIEL17 | Cielo Instituição de Pagamento – DI + 0,54% | R$ 4.642.153.608,04 |
| CHSF13 | Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – IPCA + 6,767% | R$ 4.106.474.693,86 |
| TBSP11 | TIM Brasil Serviços e Participações – DI + 2,3% | R$ 3.532.669.234,29 |
| CIEL16 | CCR Autoban – DI + 2,14% | R$ 2.993.551.714,60 |
Confira o ranking por número de fundos com posição:
| Ticker | Debênture | Nº de fundos compradores |
|---|---|---|
| TBSP11 | TIM Brasil Serviços e Participações – DI + 2,3% | 672 |
| ELET24 | Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) – DI + 1,55% | 564 |
| IVIAA0 | Arteris Intervias – IPCA + 6,8672% | 547 |
| COMR14 | Comerc Energia – IPCA + 7,9171% | 540 |
| UNEG11 | UTE GNA I Geração de Energia – IPCA + 5,92% | 536 |
Os setores mais representados nas carteiras são telecomunicações, serviços financeiros e energia, reforçando a preferência por empresas consolidadas e com fluxo de caixa previsível em um ambiente de incerteza econômica.
Renda fixa em alta
Dados da B3 também mostram que o número de pessoas que aplicam em renda fixa cresceu 20% entre o segundo trimestre de 2024 (2T24) e o de 2025 (2T25). Atualmente, são mais de 100,2 milhões de CPFs registrados nessa categoria, com um valor em custódia de R$ 2,8 trilhões.
A renda fixa corporativa, formada justamente por debêntures, certificados de recebíveis agrícolas (CRAs) e imobiliários (CRIs), notas comerciais e letras hipotecárias, possui 888,4 mil investidores, enquanto os COEs contam com 630 mil.
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Corrida antes da nova tributação
Um relatório da Moody’s apontou também que o mercado de renda fixa acelerou as emissões em junho diante das discussões sobre mudanças na tributação do setor.
Esse movimento está relacionado à Medida Provisória, ainda não aprovada e que segue parada no Congresso, que prevê a taxação de títulos atualmente isentos — como LCIs, LCAs, CRIs e debêntures incentivadas — com uma alíquota de 5% sobre os ganhos para papéis emitidos a partir de 2026.
Segundo a agência de classificação de risco, diversas empresas têm antecipado suas operações para garantir os benefícios do regime atual, tendência que deve se sustentar até o final de 2025.
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