Mercados

Juros futuros estendem queda de olho em cenário fiscal

21 out 2025, 17:46 - atualizado em 21 out 2025, 17:47
Juros Futuros
(Imagem: inkdrop)

As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram a sessão desta terça-feira (21) com leve baixas, em continuidade ao movimento da véspera e em meio ao esforço do governo Lula para cobrir o rombo no Orçamento deixado pelo arquivamento da Medida Provisória 1.303, no início do mês.

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A taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,245% no fim da tarde, em baixa de 4 pontos-base ante o ajuste de 13,285% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 marcava 13,67%, em queda de 3 pontos-base ante o ajuste de 13,701%.

“Não tem nenhum fato muito significativo (fazendo preço). A curva está andando meio que de lado, com redução pequena (das taxas) nos vértices de maior movimento”, avalia Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez.

No exterior, o dia também foi de queda para os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries.

O que mexeu os DIs hoje?

Ontem (20), o Boletim Focus do Banco Central (BC) mostrou redução nas expectativas de inflação dos economistas do mercado para os próximos anos, enquanto a Petrobras (PETR4) anunciou corte de 4,9% no preço da gasolina nas refinarias.

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Estes dois fatores pesaram sobre a curva brasileira na segunda-feira, em movimento que se estendeu na manhã desta terça-feira (21).

O mercado também esteve atento às movimentações em Brasília, onde o governo seguia em busca de uma solução para o Orçamento após o Congresso ter arquivado no início do mês a MP 1.303, sobre taxação de aplicações financeiras.

Os cálculos da Fazenda apontam que a MP teria impacto fiscal de R$ 14,8 bilhões em 2025 e de R$ 36,2 bilhões em 2026.

Para cobrir o rombo, o governo decidiu enviar ao Congresso dois projetos de lei que abordam separadamente aspectos antes tratados na MP. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma das propostas tratará do controle de gastos e outra da taxação de “bets” e fintechs.

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Para Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, a iniciativa do governo para compensar a MP é positiva, embora os resultados sejam incertos.

“Se ele (Haddad) ignora a derrota da MP e abre mão, é pior. Então, ele faz o que é esperado, o papel dele”, comentou Tavares. “É uma sinalização positiva (a apresentação dos projetos), mas é uma promessa muito vaga. É positivo, mas é marginal”, acrescentou.

Durante a tarde, Haddad também afirmou que o governo está cumprindo o arcabouço fiscal e deseja entregar o Orçamento para a próxima administração já com superávit primário. Ao mesmo tempo, criticou o nível atual da taxa básica de juros, a Selic, de 15% ao ano, qualificada por ele como “excessivamente restritiva”.

Perto do fechamento da sessão a curva precificava em 100% a probabilidade de manutenção da Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no início de novembro.

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*Com informações de Reuters

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