Mercados

Juros futuros fecham sem direção única com falas de diretores do Banco Central

15 out 2025, 18:17 - atualizado em 15 out 2025, 18:17
Juros Futuros
(Imagem: inkdrop)

As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) de curto prazo fecharam em alta nesta quarta-feira (15) após os diretores do Banco Central reiterarem a sinalização de que a Selic seguirá estável por “período bastante prolongado”.

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Já as taxas longas tiveram baixas firmes, em um dia de queda do dólar ante o real.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 14,03%, em alta de 4 pontos-base ante o ajuste de 13,993% da sessão anterior. Entre os vencimentos longos, o contrato para janeiro de 2035 tinha taxa de 13,69%, em queda de 10 pontos-base ante 13,786%.

No exterior, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries, firmaram em alta durante a tarde, em uma sessão em que os investidores globais tiveram maior apetite por ativos de risco, como ações.

O que mexeu os DIs hoje?

No Brasil, as taxas futuras iniciaram o dia com leves altas em toda a curva, à espera de gatilhos que pudessem definir de forma mais consistente o movimento, enquanto no exterior os rendimentos dos Treasuries se mantinham próximos da estabilidade.

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Ao longo da manhã, as taxas perderam força, em especial entre os vencimentos longos, em sintonia com a queda do dólar ante o real, em um dia de modo geral mais favorável aos ativos de risco, como ações, moedas e títulos de países emergentes.

No início da tarde, comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, consolidaram a tendência de baixa para as taxas longas, enquanto as curtas reaceleraram.

David afirmou que os dados disponíveis atualmente ainda não são suficientes para a instituição passar uma indicação sobre até quando durará o “período bastante prolongado” de manutenção da Selic em 15% ao ano.

Durante participação em evento do Goldman Sachs, em Washington, o diretor reforçou ainda que, caso o Banco Central precise “corrigir” a Selic “para cima ou para baixo”, isso será feito.

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Às 13h35 — já após os comentários do diretor do BC — a taxa do DI para janeiro de 2027 atingiu 14,030%, em alta de 4 pontos-base, enquanto perto do mesmo horário a taxa para janeiro de 2035 marcou 13,655%, em queda de 13 pontos-base.

De acordo com a analista Laís Costa, da Empiricus Research, o mercado tem procurado indícios de mudanças na postura do Banco Central — o que não tem ocorrido, como mostrou a fala de David. Em reação, as taxas se fortaleceram na ponta curta da curva e cederam um pouco mais na ponta longa.

“Mais juros hoje, consequentemente menos juros no futuro”, resumiu Costa.

O discurso firme do BC foi reiterado pelo diretor de Assuntos Internacionais da instituição, Paulo Picchetti, durante evento do JP Morgan, também em Washington.

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Segundo ele, a política monetária está sendo transmitida às taxas de mercado e está funcionando. Picchetti reforçou que o BC está comprometido em seguir com seu trabalho, perseguindo a meta contínua de inflação de 3% e ajustando os juros conforme necessário.

Perto do fechamento da sessão, a curva brasileira precificava em 97% a probabilidade de manutenção da taxa básica Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no início de novembro.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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