Mercados

Juros futuros sobem em toda a curva após falas de Haddad e temor fiscal

07 out 2025, 17:56 - atualizado em 07 out 2025, 17:56
Taxas
(Imagem: Canva Pro)

As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam a sessão desta terça-feira (7) em alta, com o movimento influenciado ainda pelo mau humor do mercado em relação à política fiscal do governo Lula.

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Apesar do recuo dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos — os Treasuries —, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,535% no fim da tarde, em alta de 7 pontos-base ante o ajuste de 13,469% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2029 marcava 13,46%, ante o ajuste de 13,365%.

Entre os contratos longos, o contrato para janeiro de 2035 tinha taxa de 13,785%, em alta de 12 pontos-base ante 13,67%.

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O que mexeu com os DIs hoje?

A sessão desta terça-feira foi negativa para os ativos de países emergentes, com investidores globais atuando na ponta de venda de ações, moedas e títulos locais.

De acordo com o head de Tesouraria do banco C6, Marcelo Muniz, este movimento vem sendo percebido há algum tempo — e não apenas na sessão de hoje —, mas o Brasil esteve pior na comparação com alguns pares da América Latina.

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“O Brasil está levemente pior que os outros, porque o mercado reflete o aumento das preocupações fiscais”, pontuou Muniz. “Há notícias sobre isenções para alguns ativos, a confirmação do estudo para reduzir tarifa de ônibus para todo mundo”, afirmou Muniz à Reuters.

Na semana passada, rumores de que o governo federal poderia lançar um programa para zerar as tarifas de ônibus já haviam pressionado os ativos, em especial a curva de juros, em meio a preocupações do mercado de que isso signifique mais gastos fiscais.

Na noite de segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o tema da tarifa zero no transporte público será levado para a campanha presidencial e, na manhã desta terça (7), ele reiterou que um estudo técnico está sendo realizado.

“Isso (a questão da tarifa zero) reflete no humor dos investidores. É mais qualitativo do que quantitativo”, avaliou Muniz sobre o impacto na curva. “Estamos em uma escalada da dívida no Brasil, este é um assunto que tem que ser resolvido logo, mas o governo traz o assunto sempre para o outro lado”, acrescentou.

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Neste cenário, as taxas dos DIs se mantiveram em alta durante toda a sessão. Às 14h40, o retorno do DI para janeiro de 2032 atingiu a máxima de 13,815%, em alta de 16 pontos-base ante o ajuste da véspera. Depois ela se acomodou em patamar mais baixo, mas ainda assim com alta acima dos 10 pontos-base.

Perto do fechamento a curva brasileira precificava em 99% a probabilidade de manutenção da Selic em 15% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), no início de novembro.

No exterior, em meio à paralisação parcial do governo dos EUA e a comentários de dirigentes do Federal Reserve, os rendimentos dos Treasuries cediam. Às 16h37, o retorno do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — caía 3 pontos-base, a 4,129%.

*Com informações de Reuters

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