Economia

Juros nos EUA: entenda como a nova alta de 0,75 pp afeta os seus investimentos

21 set 2022, 16:18 - atualizado em 21 set 2022, 16:18
Sobreposição da bandeira dos Estados Unidos com uma nota de dólar
A alta nos juros americanos pode causar uma desaceleração na maior economia do mundo. (Imagem: Shutterstock)

O Federal Reserve anunciou a alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros americana, com o objetivo de controlar a inflação alta – que gira em 8,3% na base anual – e trazê-la de volta para a meta de 2%.

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Mas o aperto da política monetária não afeta apenas os Estados Unidos. A alta nos juros americanos pode causar uma desaceleração na maior economia do mundo e redução do consumo, além das importações para os EUA.

Isso é ruim para o Brasil, uma vez que os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do país. No primeiro semestre, as importações e exportações entre os dois países registraram alta de 43,2% e chegaram ao valor de US$ 42,7 bilhões.

Pressão nos investimentos

Além da questão da balança comercial, também tem a fuga de capital estrangeiro tanto da Bolsa de Valores quanto de títulos públicos.

De acordo com André Crepaldi, diretor de gestão de patrimônio da WIT, o mundo vê países emergentes como oportunidade de investimentos, por terem os juros mais altos e oportunidades de retorno mais altos.

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“Mas quando temos um país como os Estados Unidos que, em teoria, tem um risco muito menor, com uma moeda forte como o dólar, isso atrai os investidores para a renda fixa americana”, afirma.

Pressão na Selic

Os juros americanos também jogam contra a política monetária do Banco Central. Por aqui, o BC começou a elevar a Selic bem antes que seus pares e já discute o fim do ciclo de aperto monetário.

No entanto, a decisão do Fed pode contribuir para manter o dólar alto. Além de levar a uma desvalorização das moedas emergentes, o câmbio é sentido nas importações e exportações.

A cadeia de produção brasileira depende de matérias-primas importadas. Com o câmbio fortalecido, esses insumos ficam mais caros e o valor é repassado para o consumidor.

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Além disso, as indústrias dão preferência em exportar os seus produtos a vendê-los localmente. Isso reduz a oferta de produtos no país e eleva os seus preços. Esses dois fatores fazem com que o combate à inflação brasileira fique mais difícil.

“O momento atual do ciclo monetário brasileiro é muito diferente do americano. A gente já se encontra muito mais avançado no aumento de juros, tanto em magnitude quanto de duração”, afirma Alexandre Silverio, CEO da Tenax Capital.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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