Kepler Weber (KEPL3) prorroga prazo para negociação com a GPT e detalha transação que pode fazê-la deixar a B3
A Kepler Weber (KEPL3) informou ao mercado nesta segunda-feira (15) a extensão do prazo de exclusividade para negociação da potencial combinação de negócios com a GPT por mais 30 dias, até 15 de fevereiro de 2026.
A companhia informou no início de novembro o recebimento de proposta não vinculante para a operação, para a qual concordou em conceder exclusividade de 90 dias à GPT para fins de avaliação, negociação e documentação da potencial transação.
A GPT, empresa com sede global em Illinois, nos EUA, propôs pagar R$ 11 por ação da companhia de armazenamento de grãos. Isso representa um prêmio de 48,3% sobre o preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações da Kepler Weber nos 60 dias antes da concessão da exclusividade pela companhia, em 16 de outubro de 2025.
De acordo com o fato relevante desta segunda, caso a transação proposta pela GPT obtenha aprovação, a totalidade das ações ordinárias da Kepler Weber serão incorporadas por uma sociedade controlada pela GPT Brasil.
Os acionistas da Kepler Weber receberiam, em troca de suas ações atuais, ações preferenciais resgatáveis da nova empresa de Classe A ou Classe B, conforme sua escolha.
Após isso, todas as ações preferenciais resgatáveis serão obrigatoriedade resgatadas (compradas de volta). Em contrapartida, o acionista terá duas opções para a relação de troca:
- Pagamento 100% em dinheiro: recebimento de R$ 11 por cada ação preferencial Classe A da nova companhia;
- Pagamento em ações + dinheiro: recebimento de 0,4662 ações ordinárias de emissão da GPT Brasil; e pagamento, em dinheiro, de R$8,01 por ação por cada ação preferencial Classe B da nova companhia.
Caso a transação adote essa estrutura proposta pela GPT, e tenha a aprovação dos acionsitas, a Kepler Weber se tornará uma subsidiária integral da nova companhia como resultado da operação. Com isso, a companhia deve deixar o Novo Mercado da B3.
“Ainda, após o fechamento da Transação, a Companhia poderá ter o seu registro de companhia aberta perante
a CVM convertido para a categoria “B” ou cancelado, a exclusivo critério da GPT”, diz o documento.
Até o momento, no entanto, não há documento vinculante assinado pelas partes. Dessa maneira, os termos da transação ainda podem mudar.