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Klabin: novo teto para dívidas não vai melhorar nota de agências de risco

14 jul 2020, 13:17 - atualizado em 14 jul 2020, 13:17
Klabin KLBN11 embalagem papel papelão
Pacote incompleto: limite de endividamento é bom, mas está acima do que as agências recomendam (Imagem: LinkedIn/ Klabin)

A Klabin (KLBN11) adotou uma nova política de endividamento, com o objetivo de guiar a diretoria e tornar suas decisões mais transparentes para o mercado. Embora sejam bem-vindas, as novas diretrizes não devem melhorar a nota dada pelas agências de classificação de risco à empresa, pelo menos, no curto prazo.

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A avaliação é do Itaú BBA, em relatório assinado por Ciro Matuo e outros três analistas. O motivo é o limite de endividamento determinado pela companhia.

“O limite de alavancagem líquida de 4,5 vezes, durante ciclos de investimento, estabelecido pela nova política, é maior que o limite de 3 vezes determinado pela S&P e pela Fitch, conforme suas manifestações, como condição para ações positivas de rating”, destacam os analistas.

Na trave

Segundo as novas normas, a Klabin deve perseguir uma meta de alavancagem entre 2,5 vezes e 3,5 vezes a relação dívida líquida/ebitda ajustado dos últimos 12 meses, com os valores em dólares. Em fases de investimento, contudo, esse limite será expandido para 4,5 vezes.

O Itaú BBA lembra que, atualmente, os bonds emitidos pela Klabin têm nota de risco BB+ tanto pela Fitch, quanto pela S&P.

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A nota é considerada adequada pelo banco de investimentos. Para a instituição, a valorização desses títulos de dívida só ocorrerá, mediante uma melhora na nota de risco, o que é improvável num futuro próximo.

“As chances disto [upgrade da nota] são limitadas, no curto prazo, por um cenário macroeconômico desafiador que, provavelmente, freia qualquer melhora no nível de alavancagem no curto prazo”, diz o relatório.

Os analistas acrescentam que, no primeiro trimestre, o nível de endividamento da companhia, em dólares, foi de 3,7 vezes, ante os 3 vezes recomendados pelas agências de risco.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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