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La Niña: Onde chove e seca no Brasil com a chegada do fenômeno climático?

22 maio 2024, 14:27 - atualizado em 22 maio 2024, 14:27
la niña chuvas
O La Niña traz risco de estiagem no Sul do Brasil, Argentina e Uruguai durante o verão; entenda os impactos (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), há 49% de chance do La Niña chegar entre junho e agosto, com 69% de possibilidade de ele se estabelecer de julho a setembro. Desde o fim de abril, com o fim do El Niño, estamos em período de “neutralidade climática”.

O fenômeno climático, caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, tem como característica reduzir a ocorrência de ondas de calor.

O La Niña traz risco de estiagem no Sul do Brasil, Argentina e Uruguai durante o verão, assim como o risco para uma geada tardia.

Fora isso, o fenômeno provoca chuvas acima da média no Norte e Nordeste do Brasil, com possibilidade para atraso na chuva da primavera no Centro-Oeste.

O cenário em questão é o inverso do El Niño, fenômeno que se estendeu até o final de abril, e que provocou grandes acumulados principalmente no Sul do país.

La Niña chuvas
(Foto: Climatempo)

Como o La Niña pode afetar as lavouras no ciclo 2024/2025?

Enquanto o atraso das chuvas de primavera no Centro-Oeste, o que pode postergar o plantio em áreas de soja, arroz e milho na região, algumas áreas de café do Sudeste, em especial Minas Gerais e São Paulo, podem ver impactos no ciclo 2024/2025.

Por outro lado, o Rio Grande do Sul, que está em estado de calamidade por conta das fortes chuvas do fim do mês passado, com diversas áreas alagadas, pode sofrer com falta de chuvas no período de desenvolvimento da soja e milho durante o verão.



De acordo com Luiza Cardoso, porta-voz da Climatempo, outubro deve contar com uma chuva muito abaixo da média na região Sul

“Costuma ser normal chuva acima da média no Matopiba em época de La Niña, mas para março de 2025 não deve ter tanta chuva assim, mesmo com o plantio mais tardio que eles fazem na região, trazendo alguns prejuízos pontuais”, avalia.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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