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Laboratórios ou seguradoras? Saiba quem se deu bem ou mal no pior trimestre da pandemia

16 jul 2020, 12:19 - atualizado em 16 jul 2020, 12:31
Hapvida Saúde
A Hapvida é um dos atuais nomes de preferência do BTG Pactual para o setor de saúde (Imagem: YouTube/Hapvida Saúde)

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou suas expectativas sobre o setor de saúde e o que esperar dos resultados do segundo trimestre, cotado para ser, no mínimo, o período mais “incomum” do ano.

“O adiamento de procedimentos não emergenciais durante a pandemia de covid-19 deve entregar uma taxa de sinistralidade muito baixa para as seguradores (SulAmérica (SULA11), Hapvida (HAPV3), NotreDame Intermédica (GNDI3), Odontoprev (ODPV3)). Por outro lado, frequências anormalmente baixas afetarão os resultados dos laboratórios com força (mesmo que eles estejam se beneficiando parcialmente da alta demanda de testes de covid-19)”, afirmaram Samuel Alves e Yan Cesquim, que assinam o relatório do banco.

As companhias também sentirão uma deterioração na base de membros, projetou o BTG. O setor de saúde privado sentiu uma queda drástica no número de clientes, principalmente no segmento corporativo.

“Acreditamos que nenhum player listado terá expansão de membros no segundo trimestre, uma vez que as estatísticas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para abril e maio mostram que Hapvida, NotreDame e SulAmérica viram sua base cair em 54 mil, 34 mil e 19 mil vidas, respectivamente. A Odontoprev também deve postar uma contração no número de membros (-179 mil no trimestre)”, destacaram Alves e Cesquim.

Nomes preferidos do setor

Segundo o BTG, o poder de barganha está migrando das empresas de laboratório para as seguradoras.

“A covid-19 tem intensificado essa tendência, e os resultados do segundo trimestre devem comprovar essa tese”, disseram os analistas.

O banco reiterou sua preferência pela tese de investimento da SulAmérica (nome com melhor risco-retorno entre as empresas de saúde), Hapvida e NotreDame, para as quais tem recomendação de compra.

Fleury
Sobre a Fleury e a Alliar, o BTG destacou a pressão da receita líquida no segundo trimestre, que deve contrair 34% para a primeira companhia e 54% para a segunda (Imagem: Facebook/Fleury)

Sobre a Fleury (FLRY3) e a Alliar (AALR3), o BTG destacou a pressão da receita líquida no segundo trimestre, que deve contrair 34% para a primeira companhia e 54% para a segunda. A recomendação de ambos os papéis, bem como o da Odontoprev, é neutra.

Já a Qualicorp (QUAL3), também com recomendação neutra, não deve divulgar grandes mudanças em suas tendências já enfraquecidas pelos trimestres anteriores. O BTG projetou uma leve queda na base de membros e um aumento de 4% na receita líquida, para R$ 477 milhões. O Ebitda deve cair 10%, pressionado pela alta dos custos de comercialização.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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