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Layoffs em tecnologia: Com as demissões em massa, como ficam os profissionais que mantiveram seus empregos?

18 mar 2023, 16:00 - atualizado em 11 abr 2023, 9:46
Tecnologia
Empresas de tecnologia como Spotify, Amazon, Google e Salesforce estão entre as grandes companhias que já anunciaram reduções no quadro de funcionários (Imagem: Unsplash/Alex Kotliarskyi)

As demissões em massa, também chamadas de layoffs, estão se tornando um movimento cada vez mais comum no segmento de tecnologia.

Empresas como Spotify, Amazon (AMZO34), Google (GOOGL) e Salesforce (SSFO34) estão entre as grandes companhias que já anunciaram reduções no quadro de funcionários.

Apenas quatro meses após demitir 11 mil funcionários, a Meta (ex-Facebook) informou no começo desta semana que pretende fazer uma segunda rodada de cortes, demitindo 10 mil colaboradores.

Em um cenário recheado de incertezas, muitas questões também se estabelecem em torno de: como ficam os profissionais que conseguem manter as suas posições?

Nesse sentido, algumas estratégias precisam ser aplicadas diariamente, para construir uma cultura de pertencimento e de colaboração entre os funcionários que ficam. A avaliação veio do diretor de desenvolvimento da Red Ventures Brasil, Eduardo Ottaviani Aragão, e da gerente de RH, Renata Ledandeck.

Eles explicam que encontrar formas de aproximar as pessoas é um passo importante para criar um ambiente inclusivo e acolhedor, sendo justamente o que esses profissionais precisam, em um momento que se questionam se serão os próximos a terem de enfrentar uma possível recolocação no mercado de trabalho.

Com isso, iniciativas de grupo como as Weekly’s, Tech Reviews e Semana de Tech são ótimas alternativas para que os colaboradores se juntem e compartilhem descobertas, melhorias, práticas e aprendizados, através de conversas informais, apresentações ou qualquer outro formato que as pessoas considerem adequado.

“Dessa forma, cria-se um ambiente rico em trocas. Os eventos externos também são uma maneira de unir as pessoas para além do trabalho, a fim de trazer conhecimento do mercado”, explicam.

Tecnologia: Como manter os profissionais engajados?

Além dos encontros semanais, Aragão e Ledandeck dizem que a formação de equipes por squads gera mais interesse na rotina do trabalho. Os squads são times multidisciplinares, que têm autonomia para discutir de forma colaborativa sobre os desafios desde a concepção, novas funcionalidades até a manutenção do produto.

“Dessa forma, é possível cultivar o sentimento de dono do negócio compartilhado entre pessoas do grupo, pois cada um tem uma expertise diferente”, explica Aragão.

A inovação também foi um ponto destacado pelos profissionais, que explicam que, muitas vezes, surge do produto e do desenvolvimento na própria squad. Contudo, também é preciso incentivar e criar dinâmicas de conhecimento entre as pessoas de diferentes negócios, o chamado “chapters”.

A estratégia é usada para estimular novas descobertas, além de pesquisas e discussões sobre como resolver desafios internamente.

Flexibilidade e acompanhamento

Um ponto importante para estabelecer uma cultura e clima saudável é a flexibilidade. Segundo o diretor de desenvolvimento e a gerente de RH, com os desafios diários, é preciso um ambiente que promova autonomia, responsabilidade, comunicação e também a flexibilidade, para que as pessoas possam resolver os problemas do dia a dia, além do trabalho.

Além disso, os profissionais destacam que o trabalho remoto é uma estratégia flexível para atingir talentos nos mais diversos lugares do país.

Também é importante que a companhia esteja atenta ao desenvolvimento e no acompanhamento dos seus colaboradores. Dessa forma é possível contribuir para a evolução da carreira de cada profissional.

Mentorias internas, conversas de tempos em tempos, feedbacks e avaliação de desempenho semestral são alternativas nesse caso.

“Desse modo, conseguimos direcionar e ajudar cada um a enxergar suas próprias forças e oportunidades de desenvolvimento de acordo com o feedback do time”, explica Ledandeck.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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