Boi

Leilão de bezerro no Mato Grosso desafia a conta da reposição versus valor atual da arroba

15 maio 2020, 16:31 - atualizado em 15 maio 2020, 17:14
Reposição de bezerros está considerada em meio a @ barata para venda, principalmente para quem quer abater em 2021 (Imagem: Pixabay)

Em meio às incertezas que rondam a pecuária de corte, quando a reposição de animais é afetada pela dificuldade de preços melhores para o boi que morre agora, a temporada de leilões de bezerros em algumas regiões, como no Norte do Mato Grosso, tem prosseguimento.

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Nem poderia ser diferente, para empresas como a Marca 40, de Alta Floresta, que atuam só na cria. Precisa rodar a desmama e espera contar com a fidelização de seus clientes, além de uma aposta em invernistas que acreditam em condições melhores para 2021 (se o animal comprado agora for suplementado) ou para 2022.

No certame de dia 17 (virtual e pela televisão), o diretor proprietário Carlos Eduardo Dias vai ofertar 3 mil bezerros, além de 2 mil novilhas e matrizes (prenhes e paridas). Animais nelore e guzonel (cruza de nelore com guzerá).

“A boa genética ainda encontra mercado, já que é fundamental para melhorar e terminar mais rápido o rebanho, com a qualidade exigida nos mercados internacionais”, defende Dias.

Naturalmente que o produtor pensava que poderia ser melhor não fosse a pandemia e a crise de consumo interna, mas ainda vê folga para suplantar o leilão de 2021.

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O mercado chinês sempre no foco das melhores expectativas, podendo retomar a vitalidade das importações quando o pior da ressaca da pandemia passar, é o destino esperado para desovar o gado bom brasileiro que foi recém-desmamado.

Mercado

Mas ainda assim tem um custo, segundo pensam produtores, que não veem a conta fechando entre a @ atual e o animal vivo na compra. “O ágio do bezerro ainda está excepcional e para abatê-lo o ano que vem precisa ser suplementada”, diz Maurício Velloso, presidente da Assocon, que reúne a pecuária intensiva, sob confinamento, lembrando que o animal precisa ganhar mais de 500 gramas por dia.

Mantê-lo no pasto, para 2022, sujeito a duas temporadas de seca (a que está para começar agora e a de 2021), é outro risco, mas que o pecuarista Fábio Brandão, de Goiás, ainda acha que vale a pena.

Ele cancelou o 1º giro do confinamento e vai “estocar @ no pasto para 2021”, desse modo ele não vende mais nada e também não faz reposição. “Não vou girar a boiada porque sai barato para vender e caro para comprar”, diz ele.

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Como Brandão, muitos estão pensando, percebe Velloso.

O fator positivo, porém, é que a oferta “que já está restrita vai minguar mais” e ajeitar cotações melhores.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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