Licença para Petrobras (PETR4) na Foz do Amazonas favorece leilão na quarta-feira, diz IBP

A concessão da licença ambiental para a Petrobras (PETR4) realizar uma campanha exploratória na Bacia da Foz do Amazonas deve contribuir para elevar o interesse no leilão de áreas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), marcado para quarta-feira (20), disse à Reuters o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy.
“O leilão desta semana envolve áreas nas bacias de Campos e Santos, mas a licença na Foz cria um ambiente positivo e favorável para o Brasil”, afirmou Ardenghy.
O Brasil ofertará sete novos blocos exploratórios de petróleo e gás natural no próximo leilão do pré-sal, sob modelo de partilha de produção, mas áreas da Margem Equatorial, como a Foz do Amazonas, não foram incluídas.
“A notícia impacta positivamente os leilões de áreas de petróleo programados pela ANP e reforça o papel do Brasil como produtor relevante de energia no contexto mundial.”
Segundo ele, notícias “positivas” para o setor de petróleo acabam se refletindo no interesse pelos certames.
O Ibama concedeu nesta segunda-feira a licença para a Petrobras perfurar um poço em águas profundas da Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá.
A autorização ocorre após anos de tentativas da estatal para obter o aval, com o objetivo de verificar o potencial de reservas de petróleo e gás na região e abrir uma nova fronteira exploratória.
A decisão foi tomada às vésperas da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, e gerou protestos de ambientalistas e representantes da sociedade civil, que alertam para os riscos à biodiversidade marinha da região amazônica.
Segundo o presidente do IBP, a exploração permitirá ao país conhecer melhor o potencial de suas reservas, “apoiando a segurança energética e o desenvolvimento socioeconômico da região Norte”.
“Foi um ato sensato. É um poço exploratório. Ninguém sabe o que realmente tem lá. Pobre o país que não sabe o que existe no seu subsolo.”