Light (LIGT3) despenca 13% após resultado: “Forte frustração”, diz UBS

As ações da Light (LIGT3) despencam 13% nesta quarta-feira (13), negociadas a cerca de R$ 6,35 por volta das 12h, após a companhia ter divulgado, na véspera, seu resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25). Analistas do UBS destacaram que o resultado foi uma “forte frustração”.
Atualmente em recuperação judicial, a Light registrou uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões no período, queda de 10% no ano. A companhia explica que o resultado foi impactado pela queda das temperaturas e devido à migração de clientes do mercado cativo para o mercado livre de energia.
“O volume total faturado pela Light caiu 8% na comparação anual no 2T25, puxado por uma queda de 14% no mercado cativo. A retração foi causada por uma redução de 2°C na temperatura média do Rio de Janeiro em relação ao ano anterior e pelo crescimento da geração distribuída (GD) no período”, explica o banco.
A Light viu seu Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado ficar em R$ 203 milhões no 2T25, queda de 67% no ano, acompanhando a receita.
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O UBS também menciona que as perdas não técnicas, decorrentes de roubos de energia, permaneceram estáveis no ano, em 70,7%.
“A visibilidade sobre o desempenho futuro da Light segue baixa, e esperamos que a companhia concentre seus esforços na renovação da concessão de distribuição de energia”, fala o time de analistas, encabeçado por Giuliano Aleje.
“Na nossa visão, a companhia enfrenta um momento crítico, com perspectivas limitadas de recuperação, deterioração operacional, passivos financeiros relevantes e incerteza regulatória”, completa.
O que ajudou o prejuízo a ficar estável na base anual, em R$ 51 milhões, foi o resultado financeiro — negativo em R$ 65 milhões, contra menos R$ 457 milhões no segundo tri de 2024. Destaque para os menores encargos líquidos, por conta das dívidas renegociadas, e menores gastos cambiais.
“O resultado financeiro líquido melhorou significativamente na comparação anual”, comenta o banco.
A Light fechou junho com uma dívida líquida de R$ 4,3 bilhões, contra R$ 8,7 bilhões do mesmo mês de 2024. O prazo médio de vencimento do principal da dívida da Light foi de 7,3 anos.
O UBS tem recomendação de venda para as ações da Light, com preço-alvo em R$ 4.