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Linx tem tudo para bombar, desde que o Linx Pay ajude…

22 jan 2020, 22:03 - atualizado em 22 jan 2020, 22:13
Linx
Esperança: Credit Suisse acredita que Linx Pay melhore ao longo de 2020 (Imagem: Money Times)

Lançado em 18 de outubro de 2018, o Linx Pay, hub de soluções de pagamento da Linx (LINX3), causou tanto otimismo no mercado, que as ações da companhia acumularam um salto de 40% em apenas dois dias. Passado pouco mais de um ano, o hub ainda não gerou todos os resultados que poderia. A avaliação é do Credit Suisse, em relatório divulgado nesta quarta-feira (22).

Em resposta, o banco cortou o preço-alvo das ações de R$ 43 para R$ 42. A cifra corresponde a uma valorização potencial de 16%. O banco manteve a recomendação de outperform, isto é, desempenho esperado acima da média do setor.

Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba, os analistas que assinam o relatório, destacam que a revisão reflete um balanço entre expectativas favoráveis e desfavoráveis para a empresa.

Do lado positivo, o core business da Linx (softwares de gestão especializados no setor de varejo) vai bem, e deve continuar assim. Tanto, que R$ 34 do preço-alvo provém dos resultados esperados desta área.

Ponto fraco

O problema é o negócio de serviços e softwares para pagamento online. O Credit Suisse promoveu um corte expressivo nas expectativas de alguns indicadores importantes do Linx Pay.

O TPV (Total Payments Value, ou volume total de pagamentos) previsto para 2020 caiu 52%, de R$ 13,6 bilhões para R$ 6,6 bilhões. Para 2021, o valor baixou de R$ 23,8 bilhões para R$ 12,1 bilhões.

Mercado forte: sistemas de gestão para varejo são o melhor da Linx (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Os analistas também adotaram uma postura “mais conservadora” na previsão da taxa cobrada sobre cada transação, conhecida como MDR (Merchant Discount Rate). Embora a Rede, empresa do Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4) que atua no setor, possua uma taxa média de 2,07%, o Credit Suisse prefere estimar um MDR de 1,76% para a Linx Pay.

“A Linx Pay permanece como o principal fator de valorização ou desvalorização [das ações]”, afirma o banco. Os analistas deixam um tom otimista, ao acrescentar que a melhora geral da economia deve acelerar ao longo do ano.

“A Linx está operando com uma taxa muito baixa de crescimento orgânico e de margem de ebitda, próximas ao seu menor nível histórico”, observa.

“Acreditamos que um macrocenário mais favorável, ganhos de participação de mercado, e uma maior contribuição do OMS [sistema de gerenciamento de pedidos] e da Linx Pay poderiam guiar uma aceleração do crescimento da receita, ao longo de 2020”, conclui o banco.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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