Agronegócio

Liquidez dos futuros do milho na B3 mostra fôlego ante tendência de recuo

13 jan 2020, 13:50 - atualizado em 13 jan 2020, 13:50
Milho
Futuros do milho ainda resistem à pressão, mas deverão cair um pouco com o avanço da chegada do safrinha (imagem: REUTERS/Marcelo Rodrigues Teixeira)

Na medida em que avança a colheita da soja e os primeiros milhos de segunda safra vão sendo plantados, o mercado futuro começa a dar sinais de esfriamento. Mas o volume de negócios ainda é alto, o que demonstra que há uma chance boa de travamento de preços do milho ainda em patamares bem satisfatórios na B3.

A avaliação de Maurillo Marcondes, analista a EQI Investimentos, com base em dados de até há pouco, é que o contrato março ainda deverá encontrar mais resistência para recuar, já que é o pico do vazio de oferta, entre a safra de verão e a de inverno (segunda safra, o safrinha).

Mais de 10 mil contratos em aberto estavam registrados até o começo da tarde desta segunda (13), cotado na casa de R$ 51,90. “Esteve em R$ 52,75 na virada do ano, com mais de 36% de alta desde setembro (final do safrinha)”, registra Marcondes.

O volume financeiro também é destaque: passava dos R$ 8,5 milhões.

As chuvas mais normalizadas e as previsões mais consolidadas para o Brasil, na faixa das 100 milhões de toneladas, numa média de algumas instituições e consultorias, devem acomodar o vencimento março “para um preço-alvo de R$ 48,50/49,00”.

O analista de Rondonópolis (MT) lembra, porém, que ainda há o fator demanda muito forte, que virá tanto interna quanto externamente, por parte das indústrias de rações animal – seguindo o padrão de 2019 -, mas ainda com uma ponta de dúvida quanto ao consolidado das exportações.

Em 2019, os embarques foram recordes, de 45 milhões/t, com o mundo precisando alimentar mais animais para cobrir o apetite chinês diante da calamidade da peste suína africana.

O maio na B3 também seguia com boa liquidez, embora já num padrão mais tradicionalmento frouxo de cotações. Eram mais de 8 mil contratos em aberto, para R$ 2,2 milhões negociados.

Os próximo alvo, segundo Maurillo Marcondes, deverá ser a faixa dos R$ 47,25, após o pico de R$ 49,50.

 

 

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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