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Localiza: BTG projeta cenário favorável para curto e longo prazos e eleva preço-alvo da ação

06 abr 2021, 18:22 - atualizado em 06 abr 2021, 18:22
Localiza
Segundo o BTG Pactual, o serviço de assinatura Localiza Meoo, lançado em setembro do ano passado, está desempenhando um papel fundamental para o crescimento da Localiza (Imagem: Facebook/Localiza)

O BTG Pactual (BPAC11) elevou o preço-alvo da ação da Localiza (RENT3) de R$ 70 para R$ 75 e reiterou a compra do ativo, apesar do valuation caro (a empresa é negociada a um múltiplo P/L [preço sobre lucro] de 28,6 vezes para 2021, prêmio de 23% para a média do setor). O banco tem uma visão de curto prazo positiva para o nome, sob expectativa de recuperação acelerada.

A Localiza, em especial a sua divisão RAC (aluguel de carros), conseguiu se recuperar bem dos impactos causados pela Covid-19 no segundo trimestre do ano passado, considerado um dos períodos mais difíceis da pandemia para as empresas. Agora, pensando nos potenciais efeitos da segunda onda, os analistas enxergam a locadora de carros mais preparada para enfrentar o cenário adverso.

“Olhando para o impacto potencial da segunda onda, projetamos alguma desaceleração de volume no segundo trimestre de 2021, mas muito menor do que vimos no ano passado”, afirmaram Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri, responsáveis pelo relatório divulgado pelo BTG ontem. “O segundo semestre deve trazer uma recuperação rápida, levando a um desempenho ainda sólido para o ano”.

A divisão GTF (gestão e terceirização de frotas) deve manter a resiliência e oferecer uma espécie de proteção para a Localiza, enquanto o segmento de seminovos continuará entregando margens fortes ao longo de 2021.

Pensando no longo prazo, o BTG enxerga uma via de expansão importante para a companhia. De acordo com os analistas, o serviço de assinatura Localiza Meoo, lançado em setembro do ano passado, está desempenhando um papel fundamental para o crescimento da Localiza.

Fusão com Unidas

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pode barrar a integração de 35-65% da frota de RAC da Unidas (LCAM3), disse o BTG.

Localiza
Mesmo com ajustes, a combinação de negócios entre Localiza e Unidas ainda seria acretiva para ambas as empresas (Imagem: REUTERS/Lucy Nicholson)

Apesar da visão limitada sobre a aprovação do acordo de fusão pelo órgão, o banco acredita que a transação trará um pedido de ajuste.

“De acordo com o documento submetido à análise do Cade, 25% da frota de RAC combinada está localizada em municípios com alto risco de concentração, ou seja, uma frota de RAC total de 72 mil em risco. Considerando o risco de baixa concentração nas divisões de vendas de carros usados e GTF, não esperamos quaisquer soluções para essas divisões, com o segmento de RAC provavelmente sendo o foco principal do Cade”, comentaram Marquiori, Recchia e Cavalieri.

No entanto, mesmo com os ajustes, a combinação de negócios ainda seria acretiva para Localiza e Unidas.

Atualização de estimativas

O BTG atualizou as estimativas de receita líquida, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro líquido da Localiza para 2021 e 2022.

O banco reduziu em 11% as projeções para a receita líquida da companhia neste ano (R$ 14,5 bilhões). Para o Ebitda, a estimativa é de R$ 3,7 bilhões, aumento de 30% em relação aos R$ 2,8 bilhões projetados anteriormente. O lucro líquido esperado é de R$ 1,6 bilhão.

Para 2022, as novas estimativas de receita líquida, Ebitda e lucro líquido são de, respectivamente, R$ 20,2 bilhões, R$ 4,1 bilhões e R$ 1,7 bilhão.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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