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Localiza (RENT3): Ações disparam mais de 5% após balanço “sólido” e com “redução de riscos” 

14 nov 2025, 16:19 - atualizado em 14 nov 2025, 16:19
Consumidor entra em loja da Movida em São Paulo 06/02/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Consumidor entra em loja da Movida em São Paulo 06/02/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

As ações da Localiza (RENT3) sobem forte na tarde desta sexta-feira (14), após a locadora de veículos ter divulgado, na véspera, seu balanço do terceiro trimestre de 2025 (3T25). A visão dos analistas é que os números foram sólidos e que a empresa trouxe claros sinais de redução de riscos. 

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Às 16h, a alta dos papéis era de 5,19%, negociados a R$ 44,22. 

“A Localiza entregou um resultado operacional sólido no 3T25, registrando lucro líquido ajustado de R$ 871 milhões, superando nossas estimativas e o consenso em 10,5% e 5,3%, respectivamente”, diz o time do Safra, liderado por Luiz Peçanha.  

Segundo o banco, o desempenho foi sustentado tanto por avanços na frente de aluguel de carros, voltado a pessoas físicas, quanto na de gestão de frotas, focada em motoristas de aplicativos. Os dois segmentos contaram com ajustes de tarifas – no primeiro, a diária média saltou 5,7%, para R$ 150,1, e no segundo, 8,5%, para R$ 104.  

“Essa estratégia de preços reforça o compromisso da empresa em ampliar o spread de ROIC (retonro sobre o capital investido) por meio de uma gestão disciplinada de rentabilidade”, afirmam os analistas.  

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Com isso, o Ebitda e as margens nas duas frentes também melhoraram. Na de aluguel, o Ebitda foi de R$ 1,74 bilhão, alta de 11,2% no ano, com a margem saltando 3,1 pontos percentuais, para 67,3%. Na gestão de frotas o salto do lucro operacional foi de 10,8%, para R$ 1,6 bilhão, e o ganho de margem foi de 3,2 pontos, para 73,1%. 

Na frente da venda de seminovos, a receita cresceu 14,6% no ano, para R$ 5,6 bilhões, puxado pelo aumento de 13% no preço médio da venda e pelo aumento de 2,2% no número de carros vendidos (75 mil unidades).  

O Bradesco BBI destaca que a Localiza mostrou também uma capacidade de manter margens altas e controlar custos mesmo em um cenário macro desafiador.  

“A redução de despesas com manutenção (-9% em base anual) e a estabilidade da depreciação dos carros indicam maior previsibilidade operacional, enquanto o impacto do IPI parece bem endereçado”, diz o time do banco.  

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Para o BBI, os sinais indicam ainda que a Localiza entre em 2026 com fundamentos mais sólidos e menores riscos. 

BTG mais cauteloso trimestre da Localiza, mas ainda otimista

O time do BTG Pactual, chefiado por Lucas Marquiori, trouxe um tom um pouco mais cauteloso na interpretação do trimestre, mencionando que o período foi marcado por alguns ganhos contábeis não recorrentes. Somando tudo, esses itens teriam adicionado R$ 929 milhões ao balanço. 

Nos destaques, estão créditos tributários (que somaram R$ 131 milhões ao lucro) e um impulso à margem de seminovos após a companhia ter realizado um impairment no segundo trimestre, que diminuiu o preço da frota (R$ 533 milhões em aluguéis de carros e R$ 259 milhões na gestão de frotas).  

A redução do preço da frota fez com que os carros passassem a estar contabilmente “mais baratos” no balanço. Com isso, ao vender esses veículos, o lucro contábil por unidade aumenta — não por melhora operacional, mas porque o custo registrado ficou menor. 

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“As tendências de depreciação, porém, estão mais estáveis após o impairment e há uma perspectiva forte para 2026. A compressão dos spreads entre preço de compra e de venda no rent a car caiu para R$ 9 mil, de R$ 10 mil, e de R$ 20 mil para R$ 14 mil na gestão de frotas”, afirma o BTG. 

O banco, de qualquer forma, enxerga que a Localiza se beneficiará dos cortes de juros e que, no momento, essa é a principal tese para a empresa.  

Os três times têm recomendação de compra para a RENT3. O Safra com preço-alvo em R$ 53,20, o BBI, em R$ 59, e o BTG em R$ 53. 

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Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
vitor.azevedo@moneytimes.com.br
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