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Localiza (RENT3) cai forte em dia ruim para o Ibovespa; por que não desistir da ação agora

16 nov 2022, 16:16 - atualizado em 16 nov 2022, 16:16
Localiza
Incluindo os números da Unidas após a fusão, a Localiza reportou lucro líquido ajustado de R$ 682,1 milhões entre julho e setembro de 2022 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As ações da Localiza (RENT3) recuam forte nesta quarta-feira (16) pós-feriado e divulgação de resultados da companhia.

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Em dia de queda generalizada no Ibovespa, os papéis da empresa de aluguel de carros caíam 7,95% perto das 16h05, cotados a R$ 60,19 cada.

Apesar da reação negativa no mercado de ações, os resultados da Localiza foram bem recebidos por analistas, que destacaram o forte volume de carros comprados.

A Localiza acelerou a renovação de sua frota, mostrando adição líquida de cerca de 54 mil veículos no terceiro trimestre do ano. Foram mais de 97 mil carros comprados e cerca de 43 mil vendidos.

Incluindo os números da Unidas após a fusão, a Localiza reportou lucro líquido ajustado de R$ 682,1 milhões entre julho e setembro de 2022, queda de 27,6% em relação à soma do montante registrado por ambas as companhias no mesmo período do ano passado.

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O impacto veio com gastos adicionais relacionados à combinação dos negócios, além do salto nas despesas financeiras da Localiza por conta dos juros mais altos, que elevam o custo da dívida.

Para o BTG Pactual, a Localiza reportou números operacionais robustos, com os volumes do segmento de aluguel de carros (RAC) crescendo em base anual, bem como a tarifa média, que subiu 22%, a R$ 108. De acordo com o banco, o aumento reflete a capacidade da companhia de repassar custos.

Em movimento similar, os volumes de gestão de frota (GTF) aumentaram 25% ano a ano e a tarifa média subiu 19%.

Na categoria de seminovos, as vendas de veículos cresceram, mas o preço médio veio abaixo do que o BTG esperava, em R$ 61,3 mil. Com isso, a margem Ebitda de 12% representou um recuo em relação ao terceiro trimestre de 2021.

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“As margens foram afetadas por preços médios menores e pela aceleração das vendas no segmento do RAC, que possui menor margem Ebitda, resultando em um mix desfavorável”, destaca.

Ainda compradores

Analistas do BTG mantiveram a recomendação de compra da ação da Localiza, com preço-alvo de R$ 75. A instituição está na expectativa de que os resultados operacionais da companhia vão melhorar gradualmente, com os investidores passando a precificar melhor as sinergias das operações à medida que a companhia avança com a integração da Unidas.

“A partir de agora, vemos a Localiza aumentando seus volumes e melhorando sua estrutura de capital e alavancagem”, afirma o BTG.

A Empiricus avalia com olhos positivos o terceiro trimestre da Localiza, mostrando uma capacidade maior de compra de frota, com um mix mais equilibrado em relação aos rivais.

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“A Localiza executou mais uma vez um bom trabalho e deverá continuar se destacando perante os seus competidores nos próximos trimestres”, diz o analista Fernando Ferrer.

A Localiza compõe a série As Melhores Ações da Bolsa da Empiricus, que enxerga o papel negociando a múltiplos atrativos.

O Itaú BBA recebeu os resultados com uma avaliação mista, mas manteve a recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) e preço-alvo de R$ 87.

A Genial Investimentos colocou a recomendação sob revisão, mas destaca que o cenário atual, com o enfraquecimento da demanda no varejo e maior disponibilidade de veículos, permite que a Localiza tenha maior poder de barganha junto às montadoras.

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“A política de metas de volume de venda das fabricantes pode garantir maiores descontos na compra de veículos”, acrescenta a corretora.

A Genial acredita que a Localiza irá acelerar ainda mais a compra de veículos no próximo trimestre, uma vez que os recursos captados no acordo com a Brookfield vão integralmente para a aquisição de veículos.

“O mix será importante, pois impulsionará o efeito escala na compra de peças e nos custos com manutenção dos veículos, gerando mais retorno por ativo”, completa.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.