Lojas Renner (LREN3) ou C&A (CEAB3)? Quem deve se sair melhor no 3T25, segundo a XP

As divulgações dos balanços do terceiro trimestre do ano começam em breve e, para as varejistas de vestuário Lojas Renner (LREN3) e C&A (CEAB3), a XP Investimentos vê resultados mistos.
No caso de Renner, a equipe de analistas liderada por Danniela Eiger projeta desaceleração nas tendências de receita devido a fatores climáticos, mas despesas com SG&A (operacionais) controladas.
Para C&A, a XP espera desempenho sólido, porém desacelerado no vestuário, bem como aceleração no fechamento da operação de eletrônicos e vendas pressionadas do C&A Pay devido à concessão de crédito contida.
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“As margens devem permanecer praticamente estáveis, já que a alavancagem operacional deve ser compensada por menores necessidades de descontos e provisões reduzidas no C&A Pay”, dizem os analistas.
C&A divulga o balanço no dia 5 de novembro e Lojas Renner no dia seguinte, ambas após o fechamento do mercado.
Lojas Renner
Nas estimativas da XP, as vendas líquidas consolidadas devem crescer 6%, com dinâmicas semelhantes em vestuário e Realize.
A equipe de analistas destaca a comparação difícil em relação ao mesmo período do ano anterior no vestuário, devido a um inverno tardio e um início de primavera mais frio, que explicam o desempenho moderado, enquanto a concessão de crédito permanece contida na Realize.
Em termos de rentabilidade, a XP calcula uma expansão da margem bruta de 0,4 pontos percentuais, com o vestuário apresentando avanço 0,2 p.p. devido a níveis menores de descontos.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado (excluindo créditos fiscais) deve crescer 0,2 p.p. devido ao controle das despesas com SG&A e maiores necessidades de provisão na Realize
Como resultado, A XP estima que o lucro líquido da Lojas Renner alcance a R$ 260 milhões no trimestre, um avanço de 2% na comparação anual.
C&A
A XP estima que as vendas líquidas consolidadas da C&A apresentam um crescimento de apenas 2% ano a ano, impulsionadas pela desaceleração no vestuário, atribuída principalmente ao clima mais frio, enquanto a otimização da operação de eletrônicos deve acelerar.
A receita do C&A Pay deve continuar pressionada (-40%) pelo foco da empresa na rentabilidade, dizem os analistas da XP.
“Estimamos que a margem bruta consolidada aumente 0,20 pontos percentuais ano a ano, devido à maior participação do segmento de beleza e menores necessidades de descontos”, diz a XP.
No entanto, a alavancagem operacional deve compensar esse efeito, levando a margem Ebitda ajustada (ex-IFRS) a permanecer praticamente estável. Como resultado, a XP estima um lucro líquido ajustado de R$ 61 milhões.