Comprar ou vender?

Longe da carteira de Barsi, Itaúsa (ITSA4) deixou de ser uma boa opção para dividendos?

14 ago 2022, 12:17 - atualizado em 17 ago 2022, 21:44
Itaúsa
Um deles, o megainvestidor Luiz Barsi, conhecido como rei de dividendos, zerou a posição em Itaúsa (Imagem: Divulgação)

A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú (ITUB4), é famosa por ser boa pagadora de dividendos.

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Porém, nos últimos anos, a companhia diminuiu sua distribuição e provocou uma série de questionamentos por parte do mercado.

Um deles, o megainvestidor Luiz Barsi, conhecido como rei de dividendos, zerou a posição em Itaúsa.

“Eu gosto de Itaúsa, mas lamentavelmente está na rabeira. Porque a Itaúsa foi ao longo do tempo ampliando sua base acionária acima do recomendado para gerar bons dividendos. Quando ela distribui dividendos, o rateio é sobre muitas ações. Ela pagou uma insignificância. Eu troquei por outra que paga mais dividendos“, afirma durante entrevista ao podcast Irmãos Dias.

Porém, alguns analistas continuam otimistas com o papel. Esse é o caso do Inter Research, que reafirmou compra para o papel, mas diminuiu o preço-alvo de R$ 13 para R$ 12.

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Segundo os analistas, sua remuneração via proventos já foi mais atrativa, mas ainda assim, considerando o dividend yield atual de 5,7%, “é mais vantajosa para recebimento de proventos do que o Itaú“.

Em 2019, o rendimento de dividendos da companhia chegou a 8,45%. Em 2021, o número ficou em 4,2%.

A corretora lembra que a ação carrega desconto 22%.

“Apesar de ainda investir relevantemente no Itaú Unibanco e consequentemente no setor financeiro, a Itaúsa tem buscado uma menor dependência do setor financeiro e partindo para investimentos na economia real, com alvos voltados principalmente no setor de infraestrutura”, afirma.

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Além disso, o Inter pondera que a estratégia de investir da CCR (CCRO3) é positiva pois esses setores tem apresentado maior performance versus o setor financeiro ao longo dos últimos anos.

Para Eleven, a diversificação é positiva, pois há uma redução da dependência do setor financeiro e suaviza eventuais ciclos negativos dos bancos no resultado da holding.

“O desconto de holding de Itaúsa para o valor de mercado da soma das empresas investidas ainda ficou acima do patamar observado no final de 2019, o que em nossa visão ainda representa um valuation atrativo”, diz.

Apesar disso, analistas dizem que os investimentos podem prejudicar os dividendos.

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João Abdouni, analista da Inv, calcula que a operação possa derrubar o divindind yield (rendimentos de dividendos) da Itaúsa em 25%.

“Atualmente o DY é 6%. Pode ficar na casa de 4,5% para os próximos 12 meses”, diz.

Em carteira de dividendos com 21 analistas para agosto, a Itaúsa recebeu cinco indicações.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.