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Lucro do Fleury (FLRY3) cai 58% no 4º tri

17 mar 2022, 18:30 - atualizado em 17 mar 2022, 18:30
Fleury
Embora a receita líquida tenha crescido 9,7% ano a ano, para 1,02 bilhão de reais, as despesas gerais evoluíram mais rápido, 12,6%, para 120,1 milhões de reais (Imagem: Facebook/Fleury)

O Fleury (FLRY3) teve queda nos resultados do quarto trimestre, uma vez que maiores despesas ofuscaram o leve crescimento das receitas no período.

O grupo de medicina diagnóstica anunciou nesta quinta-feira que seu lucro ajustado de outubro a dezembro somou 66 milhões de reais, queda de 57,6% ante mesma etapa de 2020.

A previsão média de analistas consultados pela Refinitiv para o lucro da companhia era de 68,8 milhões de reais.

O resultado operacional do Fleury medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) recorrente somou 255,4 milhões de reais no trimestre, montante 17,2% menor do que um ano antes.

A previsão de analistas para essa linha era de 271,6 milhões de reais, segundo a Refinitiv. A margem Ebitda recorrente caiu de 33,3% para 25,1%.

Embora a receita líquida tenha crescido 9,7% ano a ano, para 1,02 bilhão de reais, as despesas gerais evoluíram mais rápido, 12,6%, para 120,1 milhões de reais.

A companhia explicou que no quarto trimestre de 2020 as despesas haviam sido excepcionalmente menores, dados os esforços de contingência para ajudar a amenizar os efeitos da Covid-19, que impactaram fortemente as receitas do grupo.

Além disso, a empresa teve gastos ligados a um ataque digital, além de com restruturação organizacional e compras de empresas. Em 2021, foram seis aquisições de negócios.

A presidente-executiva do Fleury, Jeane Tsutsui, citou ainda a forte base de comparação do final de 2020 em termos de faturamento, quando houve um movimento atípico de exames eletivos que haviam sido represados nos meses anteriores em meio a medidas de isolamento social para conter a pandemia.

Fleury
“Teríamos espaço para um nível de alavancagem de até 3 vezes, mas não vamos passar de 2 vezes” (Imagem: 24/8/2013. REUTERS)

Segundo ela, com o gradual redução da Covid-19 a evolução dos negócios da companhia devem se dar em bases mais normais, com crescimento gradual das receitas, inclusive com serviços como telemedicina, que voltaram a crescer em janeiro, após uma queda no final de 2021.

Isso, aliado à integração dos negócios adquiridos, deve contribuir para alguma recuperação das margens.

Tsutsui disse à Reuters ainda que a companhia avalia fazer novas aquisições ao longo deste ano, “mas com muita disciplina”.

O diretor de finanças do grupo, José Filippo, afirmou que o Fleury tem caixa (gerou 1,1 bilhão de reais em 2021) e espaço para elevar a alavancagem financeira (dívida líquida de 1,3 vez o Ebitda no fim de dezembro).

Porém, ele disse que a companhia está “revisando alguns parâmetros” para possíveis novas aquisições, como o dos juros mais altos da economia.

“Teríamos espaço para um nível de alavancagem de até 3 vezes, mas não vamos passar de 2 vezes”, disse.

Veja o resultado abaixo:

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