Lucro do Santander (SANB11) vem abaixo do esperado no 2T25 e vai a R$ 3,6 bilhões

O Santander (SANB11) deu a largada na temporada de balanços dos grandes bancos nesta quarta-feira (30), registrando um lucro líquido recorrente de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), um crescimento de 9,8% em comparação com o mesmo intervalo de 2024 e de 5,2% em relação aos primeiros três meses do ano.
A expectativa da Bloomberg era de que o Santander lucrasse R$ 3,8 bilhões, uma variação próxima da estabilidade na comparação trimestral (queda de 0,9% t/t) — ainda que o primeiro trimestre seja sazonalmente mais fraco — e com alta anual de 14,8%. O número, portanto, veio abaixo do esperado.
Desta forma, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) ficou em 16,4% no período, acima das projeções de 16,3%.
Vale destacar que o Santander ainda tenta se recolocar nos eixos após a pior fase da crise gerada pelas Americanas no fim de 2022, quando o indicador chegou a atingir os 8,3%.
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Outros destaques do balanço do Santander
Quando olhamos para a linha do balanço que contabiliza a margem financeira — que considera a receita com crédito menos os custos de captação — houve uma queda de 3,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2025, para R$ 15,396 bilhões.
O indicador, contudo, subiu 4,4% em 12 meses.
Ao mesmo tempo, as despesas com provisões para perdas no crédito (PDD) cresceram 16,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 6,862 bilhões.
“A despesa de provisão para devedores duvidosos apresentou evolução de 11,0% no acumulado do primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Além dos impactos da implementação da Resolução CMN 4.966/21, as taxas de juros mais elevadas ao longo de 2025, e consequente aumento do endividamento das famílias e pressão sobre a capacidade de pagamento de juros das empresas, resultaram em níveis de inadimplência mais elevados, contribuindo para o incremento da provisão no período”, diz o comunicado ao mercado do Santander.
Já a carteira de crédito ampliada do Santander encerrou o segundo trimestre em R$ 675,5 bilhões, crescendo 1,5% na comparação com o mesmo intervalo de 2024.
Por último, mas não menos importante, o índice de inadimplência do banco chegou a 3,1%, quase o mesmo do mesmo período do ano passado (quando atingiu 3,2%).
Tarifas e despesas
Outro destaque do resultado do Santander veio das receitas com prestação de serviços no segundo trimestre de 2025. A cobrança de tarifas rendeu R$ 5,479 bilhões ao banco.
Enquanto isso, as despesas operacionais do Santander registraram alta de 1,5% em 12 meses, chegando a para R$ 6,412 bilhões.
Apesar de os analistas esperarem pelo trimestre mais fraco do Santander, as units do banco espanhol avançam cerca de 11% ao ano. A teleconferência de resultados do banco acontece às 10h desta quarta-feira, horário de Brasília.