Posse de Lula

Lula chora ao falar ao povo e lembrar fome e tempo na prisão

01 jan 2023, 18:21 - atualizado em 01 jan 2023, 18:21
Lula posse faixa
Lula recebeu a faixa presidencial de pessoas comuns representando diversos grupos da sociedade (Imagem: PT/ Divulgação)

empossado como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao parlatório do Palácio do Planalto falar com as pessoas que acompanharam das ruas a cerimônia de posse e chorou ao citar a fome no país e reafirmou compromisso com combate à desigualdade.

No discurso, que aconteceu depois de Lula receber das mãos de uma criança negra, uma pessoa com deficiência, um indígena e de uma mulher a faixa da presidência, Lula também lembrou do período em que esteve na prisão.

“Quero começar fazendo uma saudação especial a cada um e a cada uma de vocês. Uma forma de lembrar e retribuir o carinho e a força que recebia todos os dias do povo brasileiro, representado pela Vigília Lula Livre, num dos momentos mais difíceis da minha. Hoje, neste que é um dos dias mais felizes da minha vida, a saudação que eu faço a vocês não poderia ser outra, tão singela e tão cheia de significado. Boa tarde, povo brasileiro.”

O presidente ainda salientou que tem o dever de governar para todos, e não apenas para aqueles que votaram.

“Vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras e não apenas para quem votou em mim. Vou governador para todos e todas, olhando para nosso luminoso futuro em comum e não pelo retrovisor do passado de divisão e intolerância. A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra.”

E, em referência à Jair Bolsonaro, disse que o povo quer paz.

“Chega de ódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz. A disputa eleitoral acabou. […] Não existem dois Brasis, somos um único país, um único povo, uma grande nação. Somos todos brasileiros e brasileiras e compartilhamos uma mesma virtude: nós não desistimos nunca, ainda que arranquem nossas flores – uma por uma, pétala por pétala. Nós sabemos que sempre é tempo de replantio e que a primavera há de chegar. E a primavera chegou.

E chorou ao falar da fome no país. “Quando digo ‘governar’, quero dizer ‘cuidar’. Mais que governar, vou cuidar com muito carinho deste país e do povo brasileiro. Nesses últimos anos, o Brasil voltou a ser um dos países mais desiguais do mundo. Há muito tempo, não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando o lixo em busca de alimento para seus filhos, famílias inteiras dormindo ao relento – enfrentando o frio, a chuva e o medo –, crianças vendendo bala e pedindo esmola enquanto deveriam estar na escola vivendo plenamente a infância a quem têm direito, trabalhadores e trabalhadoras desempregados exibindo nos semáforos cartazes de papelão que nos envergonham a todos ‘por favor, me ajuda'”.

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Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
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