Política

Lula confirma que Brasil pedirá à ONU para sediar COP30 na Amazônia

16 nov 2022, 8:08 - atualizado em 16 nov 2022, 10:41
Lula
Falando em um evento com os governadores dos Estados que abrigam a Amazônia brasileira durante a COP27, no Egito, Lula disse que o Brasil não poderia estar tão isolado como esteve nos últimos quatro anos (Imagem: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção calorosa ao participar nesta quarta-feira da COP27, cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que está sendo realizada no Egito, e disse que o Brasil está de volta à luta global contra a mudança climática e que pedirá à Organização das Nações Unidas (ONU) que realize a cúpula climática COP30 na Amazônia.

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“Eu estou aqui para dizer a todos vocês que o Brasil está de volta ao mundo”, disse Lula em discurso durante evento ao lado de governadores de Estados da Amazônia brasileira. Lula disse ainda que o Brasil não poderia estar tão isolado como esteve nos últimos quatro anos.

O petista, que no mês passado foi eleito para um terceiro mandato na Presidência da República, disse que buscará que o Brasil sedie a COP30, em 2025, na região amazônica.

“Nós vamos falar com o secretário-geral da ONU e vamos pedir para essa COP de 2025 seja feita no Brasil. E no Brasil vai ser feito na Amazônia”, disse.

“Acho que é muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia, as pessoas que defendem o clima, conheçam de perto o que é a região.” Na semana passada, fontes haviam dito à Reuters que Lula usaria sua presença na COP27 para oferecer o Brasil como sede da COP30, em 2025.

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Essa medida seria uma demonstração do compromisso que o próximo governo tem de cumprir e melhorar suas próprias metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, além de uma compensação pelo fato da gestão do atual presidente Jair Bolsonaro ter desistido de realizar a COP25, em 2019, no país.

A cúpula ambiental Eco-92, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, abriu caminho para todos os grandes acordos ambientais globais desde então, com a assinatura da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que busca evitar a mudança extrema do clima e foi a fundação para a realização das COPs.

A escolha de Lula de fazer da COP27 o foco de sua primeira visita internacional depois de eleito ajudou a energizar as negociações realizadas neste ano no balneário do Mar Vermelho de Sharm el-Sheikh, no Egito.

Centenas de pessoas aglomeradas em um salão de exibições gritaram o nome do presidente eleito antes do início do evento com os governadores amazônicos.

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Acompanhado por um aparato de segurança leve, Lula caminhou em direção à multidão e estendeu a mão para cumprimentar as pessoas. Ele foi ciceroneado por Helder Barbalho (MDB), governador reeleito do Pará, Estado com a maior taxa de desmatamento.

Na eleição presidencial realizada no mês passado, Lula derrotou Bolsonaro, que nomeou céticos da questão climática como ministros e viu o desmatamento na floresta amazônica brasileira atingir um pico de 15 anos.

Lula reduziu o desmatamento para baixas quase recordes em sua primeira passagem na Presidência, de 2003 a 2010. Para seu futuro governo, ele prometeu um plano abrangente para restaurar a fiscalização ambiental, fortemente reduzida no governo Bolsonaro, além de criar empregos verdes.

Na terça-feira, Lula se reuniu com o enviado dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, e com o negociador-chefe da China para questões climáticas, Xie Zhenhua. Lula deverá encontrar o chefe da política climática da União Europeia, Frans Timmermans, nesta quarta.

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Na quinta-feira, Lula se encontrará com representantes da sociedade civil e grupos indígenas, assim como com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Ele parte na sexta-feira para Portugal para se encontrar com autoridades governamentais daquele país.

(Atualizada às 10:40)

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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