Política

Lula defende integração financeira e comércio entre países do Brics para combater protecionismo

08 set 2025, 13:16 - atualizado em 08 set 2025, 13:16
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 26/11/2024 REUTERS/Adriano Machado g7
(REUTERS/Adriano Machado)

Em reunião virtual do Brics convocada pelo Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira que a integração financeira e o comércio entre os integrantes do bloco sejam usados para mitigar os efeitos do protecionismo no comércio mundial.

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“Regras e normas mutuamente acordadas são essenciais para o desenvolvimento. O comércio e a integração financeira entre nossos países oferecem opção segura para mitigar os efeitos do protecionismo”, afirmou.

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Em uma cúpula chamada para discutir a situação do comércio mundial depois das tarifas implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula fez um duro discurso em que chamou as medidas norte-americanas de “chantagem tarifária”.

“A chantagem tarifária está sendo normalizada como instrumento para conquista de mercados e para interferir em questões domésticas. A imposição de medidas extraterritoriais ameaça nossas instituições”, afirmou.

Em entrevista à Reuters, há um mês, o presidente afirmou que conversaria com os demais países do bloco para trabalhar em uma reação conjunta às tarifas norte-americanas.

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Desde a Cúpula do Brics, há dois meses, no Rio de Janeiro, Brasil e Índia passaram a ser alvos das maiores taxas aplicadas pelos EUA, 50%. No caso do Brasil, Trump usou as tarifas como pressão para exigir o fim do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado por tentativa de golpe de Estado.

Já na Índia, a acusação do governo norte-americano é a compra de combustível russo por parte do governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

“Sanções secundárias restringem nossa liberdade de fortalecer o comércio com países amigos. Dividir para conquistar é a estratégia do unilateralismo. Cabe ao Brics mostrar que a cooperação supera qualquer forma de rivalidade”, completou Lula.

O governo brasileiro aposta no aumento do comércio intrabloco e também na abertura de novos mercados para compensar a queda inevitável das exportações para os EUA. Com um mês de aplicação das tarifas — que ainda têm várias exceções — as exportações para o país caíram 18,5% na comparação com o mesmo período de 2024.

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Apesar disso, as exportações brasileiras como um todo cresceram 35,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, com aumentos significativos de exportações para a China, Argentina e México, principalmente.

Formado por 11 países do chamado Sul Global, o Brics hoje representa 40% da economia mundial e 29% do comércio global.

“Temos, portanto, a legitimidade necessária para liderar a refundação do sistema multilateral de comércio em bases modernas, flexíveis e voltadas às nossas necessidades de desenvolvimento. Para isso, precisamos chegar unidos na 14ª Conferência Ministerial da OMC no próximo ano”, defendeu o presidente.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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