Internacional

Lula diz que espera acordo entre Mercosul e União Europeia em janeiro e faz alerta sobre Venezuela

20 dez 2025, 13:39 - atualizado em 20 dez 2025, 13:39
Encerramento da 67ª Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a possibilidade de que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) seja assinado em janeiro.

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Ele disse, na abertura da Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, que a assinatura pode ocorrer no primeiro mês da presidência paraguaia no bloco da América do Sul, que começa em janeiro.

Lula também disse que a primeira-ministra da Itália, Georgia Meloni, indicou que a União Europeia deve assinar o acordo com o Mercosul no primeiro mês de 2026.

A italiana enfrenta um embaraço político interno, com produtores agrícolas do país, e pediu um prazo maior, segundo Lula. Ele disse ainda que, se a Itália estiver pronta, a França não será capaz de impedir o acordo bilateral.

O presidente brasileiro também afirmou que o Mercosul seguirá trabalhando com outros parceiros enquanto não fechar o acordo com a UE. “Diversificar parcerias é chave para a resiliência de economia”, disse na plenária da 67ª Cúpula do Mercosul.

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Segundo Lula, há negociações de acordos com países como Japão e Vietnã. Além disso, citou que espera fechar a negociação com o Panamá.

O presidente afirmou que a negociação com a UE se desenrola há 26 anos. A reunião que ocorre em Foz do Iguaçu neste fim de semana foi marcada a pedido dos europeus, segundo o brasileiro.

“Infelizmente, a Europa ainda não se decidiu. Líderes europeus pediram tempo adicional para decidir sobre acordo.”

Importância do bloco

O presidente disse que o bloco dá exemplo de como tentar cuidar de economia e povo.

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“Nesse momento que o mundo anda muito conturbado, o Mercosul dá um exemplo de como é possível a gente continuar exercendo o multilateralismo, tentando cuidar do crescimento das nossas economias e tentando cuidar da melhoria de vida do povo que representamos”.

Ele ainda  ressaltou que a América do Sul tem reserva de minerais críticos e condições únicas para combustível sustentável de aviação.

Falando do Brasil, disse que o país avança em ritmo acelerado na rota da integração sulamericana. “Seguimos comprometidos com um Mercosul que regula assimetrias no bloco.”

Passagem de bastão

A reunião deste sábado (20) marca o fim da presidência temporária brasileira do bloco, que passará para o Paraguai.

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“Eu espero que tenhamos seis meses de uma boa colheita, de bons frutos e de bons acordos internacionais. Posso dizer a vocês que o mundo está ávido a fazer acordo com o Mercosul. E nós, certamente, vamos conseguir nesse período fazer os acordos que não foram possíveis realizar na minha presidência”, disse Lula.

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, por sua vez, manifestou sua frustração com a não assinatura do acordo entre o Mercosul e a UE.

“Estávamos como o noivo esperando a noiva no altar”, lamentou. “Perdemos uma oportunidade.”

Alerta sobre Venezuela

A intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o Hemisfério Sul, disse o presidente. “A ameaça de soberania se apresenta hoje, sob guerra, antidemocracia e crime organizado”, afirmou.

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Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou um “bloqueio” de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela, na mais recente medida de Washington para aumentar a pressão sobre o governo de Nicolas Maduro, visando sua principal fonte de renda.

Lula e a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum já haviam pedido moderação nesta semana, com a escalada das tensões.

Em seu discurso neste sábado, Lula fez uma declaração mais forte contra o que, segundo ele, seria um “precedente perigoso para o mundo”.

Ele acrescentou que “o continente sul-americano é mais uma vez assombrado pela presença militar de uma potência extra-regional”.

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* Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters

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