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Lula não acenou ao ‘agronegocião’ no 1º discurso. Acenou para os “pequenos produtores rurais”

31 out 2022, 8:30 - atualizado em 31 out 2022, 8:45
Agricultura Familiar
Alvo favorável de Lula no 1º discurso foi o pequeno produtor rural (Imagem: Leonardo Henrique e Valmir Fernandes/ Fotos Públicas)

Falar que o futuro presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acenou para o agronegócio no seu 1º discurso, não é verdade.

Ele só acenou para os “pequenos produtores rurais”, os que respondem por até 70% dos alimentos dos brasileiros.

Lula foi até duro com os demais, quando se considera que o termo “agronegócio”, como é usualmente empregado no País, está associado à produção de alta escala de commodities e proteínas animal, embora literalmente diga respeito à integração de cadeias produtivas do campo à transformação.

É o pessoal do ‘agronegociação’, da soja, milho, algodão, pecuária, entre outros, cuja vocação é exportadora. À exceção entre as grande rubricas é a cana-de-açúcar, que não utiliza o território da Amazônia Legal, e o café.

Ao explicitar para o Brasil e o mundo, que acompanhavam suas primeiras declarações, que a Amazônia será intocável e que defenderá os povos indígenas, bateu diretamente nos pontos os quais os grandes produtores lutaram contra sua eleição.

Mesmo produtores de grãos e carnes que estão longe do Norte do Brasil não gostam desse discurso.

Para os produtores de boi, o petista foi ainda mais direto. Deixou claro, também, seu descontentamento, ao afirmar que não se pode conformar vendo o Brasil como maior produtor e exportador mundial e “30 milhões passando fome”.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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