Política

‘Perdeu influência no exterior e é impopular em casa’: The Economist vê Lula fragilizado no Brasil e fora dele

30 jun 2025, 16:39 - atualizado em 30 jun 2025, 16:39
lula
(Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vive um momento de desgaste tanto no cenário interno quanto internacional, segundo avaliação da revista britânica The Economist. Uma reportagem publicada neste domingo (29) afirma que o petista não está apenas com a popularidade em declínio dentro do Brasil, mas também tem visto sua influência global diminuir.

A análise aponta que Lula vem adotando uma postura “cada vez mais hostil ao Ocidente”, ao se afastar das agendas defendidas pelos Estados Unidos e por outros países ocidentais, enquanto estreita laços com potências como China e Irã. A tendência, segundo a revista, é que esse afastamento se intensifique, sobretudo com a aproximação do Brasil com o Irã durante a próxima Cúpula dos Brics.

Entre os episódios citados está o ataque norte-americano a instalações nucleares do Irã, ocorrido em meio às tensões no Oriente Médio. Logo após a ofensiva dos EUA, o Itamaraty divulgou um comunicado que condenou “com veemência” a ação americana, argumentando que esse tipo de medida coloca “em risco a vida e a saúde de civis”.

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A posição brasileira, segundo a The Economist, deixa o país em “desacordo com todas as outras democracias ocidentais, que ou apoiaram os ataques, ou apenas expressaram preocupação”.

Já no Brasil, a revista destaca que a aprovação de Lula caiu para 35%, de acordo com a última pesquisa Quaest. A explicação estaria na “inclinada do país para a direita”, impulsionada pelo crescimento da população evangélica e pela associação feita por parte da sociedade entre o Partido dos Trabalhadores e a “corrupção”.

Críticas também recaem sobre o modo como o presidente lida com aliados e adversários — incluindo ataques à autonomia do Banco Central e à atuação do Congresso Nacional.

O texto ainda menciona o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo a publicação, “provavelmente será preso em breve por supostamente planejar um golpe para permanecer no poder após perder uma eleição em 2022”. Apesar disso, o ex-mandatário continua com apoio expressivo entre os brasileiros.

Mesmo diante do desgaste, a The Economist pondera que Lula mantém prestígio entre países do sul global e segue contando com respaldo de uma parcela fiel do eleitorado — embora em menor escala do que no início de seu terceiro mandato, quando havia maior entusiasmo em torno de seu retorno ao cargo.

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