Giro do Mercado

Lula recupera popularidade, enquanto MP aumenta preocupação fiscal: ‘tributação ficou ainda mais distorcida’, diz especialista

08 out 2025, 14:11 - atualizado em 08 out 2025, 14:11

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O risco fiscal voltou a preocupar os investidores e analistas nos últimos dias, após o governo conseguir a aprovação da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil. Além disso, a Medida Provisória (MP) Nº 1.303, que tramita no Congresso, deve mexer com a tributação dos investimentos.

No Giro do Mercado desta quarta-feira (8), a jornalista Paula Comassetto recebeu Rafael Martineli, sócio-fundador da Sacre Investimentos. O convidado comentou a medida, que surgiu como uma alternativa a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

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“A desidratação da MP mostra que o governo está tendo muita dificuldade para conseguir costurar os aumentos de arrecadação”, afirma Martineli, destacando que o texto original sofreu alterações na câmara, isentando títulos como Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e a Letra de Créditos Imobiliários (LCI).

Para o especialista, a manutenção das isenções aumentou a assimetria entre ativos: “Um ponto que me chama muita atenção é a distorção entre os isentos e os não isentos. Agora ficou ainda mais distorcido, vamos ver como o mercado vai reagir”, disse Martineli.

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Outro efeito importante, segundo ele, está no imposto unificado de 18% para aplicações em títulos públicos, que altera o incentivo ao longo prazo e coloca em risco a sustentação do orçamento público.

“Isso faz com que aquele imposto de 15% que era cobrado antes após dois anos de investimento, fique menor. Então, desincentiva o investidor a pensar no longo prazo”, afirmou.

A proximidade com o período eleitoral também preocupa. De acordo com Martineli, é natural que em 2026 o governo busque conceder uma série de subsídios mas sem melhorar a arrecadação, a União não vai ter recurso para sustentar as medidas.

Sobre o ambiente político, Martineli analisou a pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje, que trouxe a recuperação da popularidade do presidente Lula e reduziu a força do chamado “trade eleitoral”, que precifica a eleição da oposição.

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“O trade eleitoral perde força porque estamos vendo uma crescente do início do ano até agora. A gente saiu de 40% de aprovação para 48%”, disse, citando ainda os movimentos indefinidos de nomes como Romeu Zema, Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas.

O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais, destaques corporativos e comentou sobre o momento do ouro e do bitcoin (BTC). Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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