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Luz amarela para os frigoríficos de bovinos. Importador não gosta de dólar fraco.

29 jan 2022, 9:49 - atualizado em 29 jan 2022, 10:07
Trabalhadores descarregam caminhão com carne bovina em São Paulo
Vendas externas podem sentir pressão cambial e recuarem, num momento importante do setor pecuário (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Importador gosta de dólar forte na cotação com as moedas das origens das mercadorias.

Nesta virada de semana, a divisa americana, em queda franca, ameaça ser um estresse para a cadeia da carne bovina do Brasil.

Os R$ 0,30 perdidos desde o começo do mês, com o câmbio em R$ 5,39 na sexta, certamente já tem tirado um pouco do ímpeto dos compradores.

Chegou a mínimas de seis meses.

A carne fica mais cara com o dólar mais fraco. E com o boi em torno do R$ 340 a @, em São Paulo, a margem do frigorífico fica mais apertada, ante a volume menores de vendas.

As exportações foram, em geral, relativamente boas em janeiro.

Mas, pelo lado chinês, que neste mês comprou mais dos contratos fechados antes do embargo de setembro a dezembro (vaca louca), haverá recuo por, pelo menos 15 dias. O país entra no Ano Novo Lunar e seu tradicional feriadão.

Não se descarta, daí, que a compra de boi pelas indústrias pode recuar – mercado interno nem conta muito -, num momento que a oferta tende a crescer de boi das águas.

No radar da semana que entra, permanece o cenário que fortaleceu o real.

Alguma melhora no nível de desempregados, o fim do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em negócios com moeda estrangeira (que ajuda a aumentar o fluxo de divisas no País) e um ambiente mais favorável externo (aumento dos juros nos EUA a partir de março, possivelmente) e o ensaio de uma distensão na crise Rússia-Ucrânia.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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