Economia

Luz no fim do túnel? Fed pode rever ciclo de altas com energia aliviando pressão inflacionária

10 ago 2022, 11:49 - atualizado em 10 ago 2022, 12:30
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O mercado esperava uma aceleração para 6,1%, em 12 meses, no núcleo da inflação. (Imagem: Reuters/Joshua Roberts)

Em julho, a inflação dos Estados Unidos ficou estável. Com isso, na base anual, a alta de preços acumula avanço de 8,5%. Os dados ficaram abaixo das estimativas do mercado, de altas de 0,2% e de +8,7%.

Além disso, o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) também veio abaixo do esperado. O mercado esperava uma aceleração para 6,1%, em 12 meses, e o indicador se manteve em 5,9%.

Fabio Fares, especialista em macro da Quantzed, aponta que a gasolina e o petróleo foram as principais categorias que ajudaram no resultado. Ainda assim, existem categorias que estão pressionando a inflação.

“Já a categoria de alimentos ainda está bem alta. A alimentação em casa continua pressionada, assim como os dados do IPCA mostraram em relação à inflação no Brasil”, completa.

Para Carlos Vaz, CEO da Conti Capital, a inflação ainda está longe de ser considerada boa, mas a economia já parece dar sinais de melhora.

“Há razões para otimismo com base nos inúmeros indicadores que acompanhamos em tempo real, incluindo preços de commodities, os gastos dos consumidores, o ritmo da cadeia de suprimentos e do mercado de trabalho, entre outros”, afirma Carlos Vaz, CEO da Conti Capital.

Próximos passos do Fed

Até hoje de manhã, a projeção do mercado era de que o Federal Reserve elevasse a taxa de juros em 0,75 ponto percentual – puxado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido.

Agora, as perspectivas mudaram: o Fed deve manter o plano de uma alta mais branda, de 0,50 pp.

“Os dados mais fracos na inflação tiram a pressão sob o Fed de realizar um aperto monetário tão forte, abrindo espaço para altas de menor magnitude na taxa básica de juros para as próximas reuniões e, consequentemente, uma taxa final mais baixa”, destaca Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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