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M. Dias Branco: nova estratégia comercial está mostrando resultados, mas desafios persistem

07 out 2020, 11:35 - atualizado em 07 out 2020, 12:41
A nova estratégia comercial da M. Dias Branco coloca a Piraquê como marca nacional (Imagem: Instagram/Piraquê)

A nova estratégia comercial adotada pela M. Dias Branco (MDIA3) de nacionalizar a Piraquê enquanto investe em outras quatro principais marcas regionais está a todo vapor. Em reunião promovida pelo BTG Pactual (BPAC11), Gustavo Theodozio e Fabio Cefaly, respectivamente CFO e diretor de Relações com Investidores da companhia, comentaram que a empresa já colhe resultados da mudança nas operações.

Os volumes estão se recuperando após um ano fraco em 2019. A estratégia é o que está impulsionando o crescimento da M. Dias Branco, permitindo que ela ganhe participação de mercado.

“Elogiamos os compromissos da administração em acelerar o crescimento das receitas da M. Dias Branco, sinais de que a nova estratégia comercial está dando frutos (apesar de alguns desafios consideráveis), e do foco contínuo em lucratividade e recuperação de margens”, afirmaram Thiago Duarte e Henrique Brustolin, analistas do BTG.

Questionados sobre expandir as operações em outras regiões brasileiras além do Nordeste, Theodozio e Cefaly afirmaram que estão focados em crescer por meio de exportações e distribuidores terceirizados. Os executivos reconheceram que essa estratégia traz margens brutas menores, mas a queda nas despesas continuam deixando as margens comparáveis ao nível do Ebitda.

“Com o moinho Bento Golçalves permitindo a integração vertical máxima de trigo e com o aumento dos volumes diluindo as despesas fixas, a companhia acredita que as margens nas regiões Sul e Sudeste devem alcançar a média da M. Dias Branco”, destacaram Duarte e Brustolin.

O BTG reconheceu que a empresa está melhorando, mas ainda tem sentimentos mistos quanto aos seus resultados (Imagem: Facebook/ M. Dias Branco)

A M. Dias Branco também está atenta às oportunidades de fusões e aquisições, principalmente em categorias que oferecem sinergias com o mix atual da companhia.

“O balanço patrimonial menos alavancado deve permitir que ela comece a agir caso apareçam oportunidades”, acrescentaram os analistas.

Sentimentos mistos

O BTG reconheceu que a empresa está melhorando, mas ainda tem sentimentos mistos quanto aos seus resultados. O banco mencionou a deterioração do ROIC (retorno sobre capital investido) e o potencial de ganhos limitado por conta da pressão de custos no segundo semestre do ano.

Por ora, o BTG manteve a recomendação neutra da ação, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 38.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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