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Magalu, Via e a disputa judicial por palavras-chave no Google

03 fev 2022, 11:30 - atualizado em 03 fev 2022, 14:32
Magalu entrou com ação judicial contra a Via no período da Black Friday (Imagem: Shutterstock)

Há anos atrás, quando a internet ainda era uma novidade, assim como suas possibilidades, quem pensaria que grandes varejistas estariam em disputa judicial por palavras-chave no Google? 

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Na era digital, onde anúncios, rankeamento e o primeiro lugar em uma busca do consumidor no Google impactam direta e significativamente no desempenho de um negócio, isso é uma realidade. 

A Magazine Luiza (MGLU3) e a Via (VIIA3) foram parar na justiça por concorrência desleal, devido à utilização de palavras-chave da concorrência. 

O caso 

Em novembro de 2021, época de Black Friday, momento importante e aguardado por varejistas, a Magalu acionou a justiça contra a Via , alegando que a concorrente contratou o serviço de anúncios patrocinados do Google para que aparecesse na primeira colocação quando fossem buscadas as palavras-chave “Magazine Luiza” e “Magalu”. 

Dessa forma, ao buscar pela Magalu, o primeiro resultado era a Via, devido ao patrocinado. 

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A Magalu conseguiu uma liminar quanto à situação que, em síntese, impede que a Via utilize as palavras-chave que remetem à Magalu em anúncios e links patrocinados. 

Em contrapartida, a Via também entrou com uma ação judicial contra a Magalu, com uma alegação semelhante, dizendo que a Magalu havia vinculado as palavras-chave das marcas “Casas Bahia” e “Ponto Frio” como critério de pesquisa em seus links patrocinados.

Da mesma forma, a Magalu foi também impedida de utilizar palavras-chaves relacionadas à Via em seus anúncios e links patrocinados. 

Entretanto, a liminar é uma decisão temporária e ainda não foi decretada a resolução final do caso. 

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O que isso representa para o mercado? 

Apesar de a situação envolver apenas esses dois grandes nomes diretamente, as decisões tomadas vão repercutir no futuro. 

Isso porque, quando uma decisão judicial é tomada, são criados precedentes, ou seja, serve como base para futuras decisões de casos semelhantes. 

Sendo assim, a decisão final dos juízes deve receber atenção de outros varejos, visto que vão indicar as consequências de casos como este. 

E a Google nessa história toda? 

A Google não foi afetada pelo caso, não sendo uma preocupação da empresa, que, aliás, teve resultados muito positivos em seu balanço do último trimestre de 2021 período em que o caso ocorreu. 

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De acordo com divulgação da Alphabet, controladora do Google, a receita em anúncios do Google subiu para US$ 61 bilhões (+33%), superando inclusive as expectativas de Wall Street.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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