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Magazine Luiza: 3 motivos para esquecer a queda de 60% e comprar a ação

22 nov 2021, 12:12 - atualizado em 23 nov 2021, 10:42
Magazine Luiza
Em 2021, a Magazine Luiza viu suas ações caírem mais de 60% (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

No terceiro trimestre de 2021, a Magazine Luiza (MGLU3) teve o resultado de suas lojas físicas pressionado por um cenário macroeconômico “mais desafiador”, afirma a Ativa Investimentos.

No período, as vendas nas lojas físicas da varejista desaceleram 8% e o lucro ajustado caiu quase 90%, somando R$ 22,6 milhões.

Este ano, a Magazine Luiza viu suas ações caírem mais de 60%. Os papéis, que eram cotados a R$ 25,18 no primeiro pregão do ano, valiam R$ 9,27 no último fechamento (19).

De acordo com a Ativa, a desvalorização foi “exagerada” e abriu uma janela de oportunidade para os papéis da companhia. A corretora reitera sua recomendação de compra para Magalu, com preço-alvo de R$ 12,20 — potencial alta de 24%.

Por que comprar os papéis da Magalu?

A queda das ações da Magalu foi brusca, mas, segundo a Ativa, três fatores sustentam a solidez da companhia: o e-commerce, o marketplace (3P) e seu track-record.

Apesar da queda em vendas nas lojas físicas, que impactaram o lucro do trimestre, a Magazine Luiza apresentou crescimento de 22% no GMV (volume bruto de mercadorias) digital.

As vendas totais da varejista no trimestre, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace cresceram 12% ano a ano, para R$ 13,8 bilhões. No ano passado, o comércio eletrônico da companhia teve um salto de 148%.

A alta do marketplace também foi positiva para a Magalu e, de acordo com a Ativa, é uma “avenida para ganho de market-share sem precisar consumir o caixa da empresa”

A corretora ainda destaca que, após iniciar seu processo de transformação digital em 2016, que contribuiu para o crescimento com ganhos de market-share, a companhia passa por uma nova fase estratégia, com o objetivo de digitalizar o varejo brasileiro.

“A contínua expansão de market-share com manutenção de rentabilidade, em um ambiente extremamente competitivo, mostra o quão bem a Magazine Luiza é tocada, e como o management é capaz de gerar valor para os acionistas da empresa”, afirma Pedro Serra, analista responsável pelo relatório da Ativa.

Outro fator que sustenta a solidez da Magalu é seu histórico. A Ativa acredita que o passado de crescimento com boa rentabilidade da companhia será sustentável a longo prazo.

Riscos

Apesar de acreditar na solidez da Magazine Luiza, a Ativa pontua possíveis riscos para a varejista.

Uma das principais ameaças para a companhia é a competição com players estrangeiros, como Alibaba, Amazon e Shopee, que estão investindo em capacidade de operação logística.

Além disso, a Ativa acredita que a desaceleração do e-commerce em 2021, após um forte crescimento em 2020 devido ao fechamento de lojas físicas, pode impactar a companhia — que tem mostrado melhores resultados nas vendas digitais.

Por fim, assim como já foi sentido neste trimestre, a deterioração do cenário macroeconômico — que engloba a renda disponível para as famílias, taxa de câmbio, juros e inflação, por exemplo — pode significar uma queda no consumo.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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