Magazine Luiza (MGLU3): BB Investimentos eleva preço-alvo para ações, que acumulam alta de 42% no ano

O BB Investimentos elevou o preço-alvo do Magazine Luiza (MGLU3) de R$ 9 para R$ 9,80 ao final de 2026, o que implica em um potencial de valorização de 9,4% ante o fechamento de segunda-feira (6). A casa mantém recomendação neutra para a varejista, tendo em vista o crescimento tímido de receita, melhoria de rentabilidade e um macro que ainda pesa.
A analista Andréa Aznar destaca o desempenho acumulado de 42% de MGLU3 neste ano, até o fechamento da segunda-feira (6). As ações superam amplamente o Ibovespa (IBOV), que tem alta acumulada de 19,4% no período.
Na visão do BB, o movimento de alta reflete uma percepção mais otimista dos investidores em relação ao setor de varejo no primeiro semestre, consequência da resiliência do mercado de trabalho e do aumento da massa salarial real, que mantiveram as vendas acima das expectativas do mercado.
Além disso, o papel foi beneficiado pelo fechamento da curva de juros, especialmente no mês de setembro.
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“Entretanto, mantemos a visão de que o ambiente macro segue desafiador para as varejistas no segundo semestre de 2025, com os juros em patamares elevados impactando o consumo e o custo financeiro das empresas”, pondera a analista.
Ela acrescenta que a desaceleração da atividade econômica, antes esperada para o primeiro semestre, na verdade, está ocorrendo nesta segunda metade do ano e deve persistir até a economia começar a sentir as consequências do início do ciclo de afrouxamento monetário previsto para ocorrer somente em 2026.
Entre os aspectos positivos, a analista reconhece que o Magalu tem realizado investimentos em áreas importantes e diversificado o portfólio e parcerias visando atingir um segmento de produtos de ticket médio menor, que são menos suscetível às taxas de juros e à concessão e crédito.
O que esperar do Magazine Luiza?
Para o restante de 2025, o BB Investimentos espera um desempenho melhor do Magalu que em meses anteriores, principalmente por conta das vendas realizadas durante a Black Friday e o Natal.
“Entretanto, acreditamos que os números da companhia serão impactados pelos juros altos, que restringem o crédito e, portanto, desaceleram o crescimento nas vendas. Uma melhora mais consistente só deve ser observada a partir do primeiro trimestre de 2026, em linha com a expectativa de flexibilização monetária gradual”, pondera a casa.
Seguindo a tendência de períodos anteriores, o BB considera o crescimento de receita mais sólido para as lojas físicas do que para as operações on-line, e uma melhora gradual de rentabilidade.
“Com os índices de inadimplência sob controle e a possibilidade de ampliar a concessão de crédito após a queda dos juros, acreditamos que os números da companhia devam apresentar mais solidez a partir do segundo trimestre de 2026. Diante desse contexto, mantemos a recomendação Neutra para MGLU3”, diz a analista.