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“Magazine Luiza (MGLU3) está barata”, diz Figueiredo, da Mauá; Veja os papéis para 2022

03 fev 2022, 15:00 - atualizado em 03 fev 2022, 15:00
Luiz Fernando Figueiredo
Para ele, em 2022 a estratégia é olhar para os setores que mais caíram, como o varejo, imobiliário, algumas empresas de infraestrutura  (Imagem; Divulgação)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) foram muito penalizadas pelo mercado, o que abre uma bela oportunidade, afirma Luiz Fernando Figueiredo, CEO da Mauá, que possui cerca de R$ 5 bilhões sobre gestão

Segundo o gestor, que conversou com o Money Times, a recuperação de parte das perdas das ações poderá ocorrer ainda este ano.

Os papéis acumulam queda de 74% desde suas máximas em julho.  

“Eu gosto muito de Magazine Luiza porque é uma empresa que está na fronteira do seu setor. É uma das companhias mais modernas, ela está investindo na própria mudança de como as pessoas consomem”, diz.

Para ele, em 2022 a estratégia é olhar para os setores que mais caíram, como o varejo, imobiliário, algumas empresas de infraestrutura e o setor de bancos.

 “Todos vão se beneficiar ao longo desde ano”, completa.

Ações 

Entre os papéis, Figueiredo prefere as maiores empresas e as mais sustentáveis.

“Gosto muito do Banco Itaú, a própria B3 e de algumas empresas da área de saúde e da área imobiliária, que são mais defendidas, mais sólidas”, destaca.

Além disso, o gestor também falou sobre o atual cenário dos mercados e a recente entrada de estrangeiros que impulsionou a Bolsa.

B3, Ibovespa, Mercados, Ações
Bolsa está tão barata que atrai investidores estrangeiros, apesar do cenário incerto (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Veja a seguir a entrevista na íntegra:

Money Times: Bolsa fechou janeiro com a maior alta em mais de um ano. Essa recuperação surpreendeu?

Luiz Fernando Figueiredo: Primeiro precisamos entender o pano de fundo. O que está acontecendo com o Brasil é que a percepção sobre o país está muito ruim e deteriorada.

Não só pelo que está acontecendo atualmente, mas pela percepção do que vem pela frente, principalmente em uma eleição radicalizada e com muitas dúvidas do que será a nova política econômica.

O nosso calcanhar de aquiles é a questão fiscal, nosso endividamento cresceu muito.

Apesar disso, o resultado fiscal tem sido surpreendentemente positivo. Acabou de sair o resultado do ano passado, que ficou em 0,75% de superavit. A última vez que tivemos superavit primário foi 2013.

Embora estejamos fazendo um resultado fiscal bom, o medo do futura é muito grande.

Os sinais vindos do Lula, que lidera as pesquisas, não são bons sinais do ponto de vista fiscal, embora nada esteja definido. Ou seja, existe muita incerteza sobre o futuro. 

Agora, as empresas brasileiras vão quebrar? Não. O Brasil não está entrando em uma recessão brutal. A discussão é se vai crescer um pouco positivo ou um pouco negativo.

A economia vai ficar relativamente estável. Mas quando você olha os ativos brasileiros em relação aos ativos no mundo eles ficaram muito baratos.

O que está acontecendo é que o fluxo de estrangeiros, que já foi grande no ano passado, se acentuou nesse início de ano. E os investidores vão às compras fazendo suas posições logo no início do ano.

Não porque a perspectiva esteja melhorando, mas porque os ativos ficaram baratos demais.

Magazine Luiza é uma das apostas do gestor (Imagem: Shutterstock)

MT: Você acredita que há espaço para mais altas da Bolsa até o final do ano?

Figueiredo: Eu acho que sim, porque ele ficou muito barata. 

MT: Quais os setores mais atraentes da Bolsa neste momento?

Figueiredo: É só olhar os setores que mais sofreram. Você tem o setor de varejo, setor imobiliário, algumas empresas de infraestrutura, o setor de bancos. Todos vão se beneficiar ao longo desde ano. 

MT: Quais ações mais atraentes?

Figueiredo: Quando olhamos a Bolsa deprimida do jeito que está eu gosto de olhar as maiores empresas, as mais sustentáveis e que tem muita capacidade de fazer lucro.

Gosto muito de Banco Itaú, a própria B3, gosto também de algumas empresas da área de saúde, algumas empresas da área imobiliária, que são mais defendidas, mais sólidas.  

MT: Como está vendo as empresas de varejo?

Figueiredo: Eu gosto muito de Magazine Luiza porque é uma empresa que está na fronteira do seu setor. É uma das companhias mais modernas, que está mais investindo na própria mudança de como as pessoas consomem.

MT: Acha que o mercado penalizou muito Magazine Luiza?

Figueiredo: Muito, muito. Acho que a empresa ficou muito barata.

MT: Acredita na recuperação ainda este ano ou no próximo?

Figueiredo: Vai recuperar muito este ano. Vai recuperar tudo? Difícil dizer. Mas eu acredito bastante na recuperação.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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