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Magazine Luiza (MGLU3): Margens devem pesar negativamente nas ações, diz Ágora

15 mar 2022, 14:12 - atualizado em 15 mar 2022, 14:47
Magazine Luiza
Margens do Magazine Luiza devem pesar negativamente nas ações (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Apesar do progresso estratégico feito pelo Magazine Luiza (MGLU3) até 2021, a Ágora Investimentos acredita que o mercado “provavelmente se preocupará com as margens” da companhia.

Segundo a corretora, a varejista se destacou no progresso estratégico com R$ 5 bilhões de GMV (volume bruto de mercadorias) na categoria Moda & Sportswear, equivalente a 10-15% do GMV e-commerce, enquanto as verticais de Beleza, Mercearia e Entrega de Alimentos também cresceram.

O presidente do Magalu, Frederico Trajano, ainda firmou nesta terça-feira (15) que a companhia deve apresentar uma melhora gradual de seus resultados nos próximos trimestres.

O executivo destacou os ajustes que incluem redução de volumes de estoques e a retirada de parte de benefícios a vendedores de seu marketplace diante do cenário inflacionário do país.

“Não estávamos esperando toda essa desaceleração econômica (do final de 2021) e estamos preparados agora. Este ano as margens vão melhorar gradualmente”, disse Trajano em conferência com analistas.

No entanto, para a Ágora, a questão não é necessariamente a pressão no curto prazo, mas sim, até que ponto as margens da Magazine Luiza se recuperarão nos próximos dois anos e onde devem se estabelecer no longo prazo.

“Esse debate vem ocorrendo há algum tempo, mas a incerteza aumenta quando os resultados mostram mais pressão de margem do que o esperado e achamos que isso deve pesar negativamente nas ações”, afirmam os analistas Richard Cathcart e Ricardo Faria França.

No pregão após a divulgação do balanço, por volta das 14h00, os papéis da varejista, MGLU3, despencavam 8,82%, coados a R$ 4,86.

Perspectivas para Magazine Luiza: É hora de comprar as ações?

Olhando para 2022, a dupla de analistas espera uma perda líquida “considerável” como resultado da taxa Selic mais alta e um nível mais alto de dívida bruta, o que poderia potencialmente arrastar perdas também para 2023.

A Ágora mantém sua recomendação neutra para MGLU3, e ainda rebaixa o preço-alvo para as ações, agora a R$ 9, em função de revisões para baixo nas estimativas (maiores encargos financeiros e capital de giro menos favorável).

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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