Magazine Luiza (MGLU3): O que está por trás do avanço de 4% nesta segunda-feira (11)?

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) assumiram a dianteira do Ibovespa (IBOV) na primeira hora de pregão desta segunda-feira (11). Sem novidades informadas ao mercado, segue no radar o balanço referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25), divulgado na última quinta (7).
A companhia vai na contramão da queda expressiva do último pregão, quando chegou a cair mais de 5% sob o peso de um recuo de 95,3% no lucro líquido ajustado, na comparação anual, atingindo R$ 1,8 milhão no 2T25.
Sem o ajuste, que desconsidera as despesas não recorrentes, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 24,4 milhões, revertendo o lucro não ajustado de R$ 23,6 milhões reportado no segundo trimestre de 2024.
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Nesta segunda, por volta de 11h37 (horário de Brasília), MGLU3 subia 4,40%, a R$ 7,35. Acompanhe o tempo real.
Entre seis analistas, conforme levantou o Money Times, quatro mantêm uma recomendação neutra para a varejista após os números do trimestre.
Para o Itaú BBA, o Magalu continua mostrando melhora nos resultados operacionais, com a margem Ebitida expandindo novamente. No entanto, o nível elevado das taxas de juros, atualmente em 15%, continua sendo um entrave para os lucros.
“O crescimento permanece desafiador no ambiente atual, com altos níveis de endividamento das famílias e taxas de juros, e permanecemos cautelosos, esperando uma desaceleração no crescimento das vendas do varejo para o segundo semestre”, diz a casa.
Magazine Luiza pronta para superar os juros?
O Magalu vem enfatizando trimestre após trimestre, em teleconferências de resultados e conversas com o Money Times, como se blinda contra a uma Selic elevada.
Para combater cenários de alta volatilidade, a companhia aposta no seu ecossistema e nas frentes de e-commerce, marketplace e lojas físicas. No trimestre, o destaque ficou justamente com o físico, de onde vem as raízes da empresa.
“O desenvolvimento do ‘Ecossistema Magalu’ e de suas plataformas de serviços é o motor para diversificar as nossas fontes de resultado e construir um negócio cada vez mais resiliente e menos cíclico. No segundo trimestre, tivemos avanços importantes destas plataformas, contribuindo com resultados consistentes, melhorias no nível de serviço e ganhos de eficiência”, diz a própria companhia no relatório de resultados.
“Mesmo com esse patamar de juros [Selic em 15%], conseguimos entregar lucro. Era algo impensável há 3, 4 anos, uma empresa como a Magalu entregar lucro com esse patamar de juros. E é muito dever de casa, dessa expansão do ecossistema, evolução de margens, disciplina financeira, Luizacred, controle de eficiências”, disse Lucas Ozorio, gerente de RI, ao Money Times.