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Magazine Luiza (MGLU3), Super Quarta e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (19)

19 mar 2024, 10:13 - atualizado em 19 mar 2024, 10:13
ibovespa
Véspera de Super Quarta e balanço do Magazine Luiza podem mexer com o Ibovespa hoje (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (19) em alta, avançando 0,37%, a 127.427 pontos, por volta das 10h07. Na véspera, o índice fechou em alta com ações da Vale (VALE3) se recuperando das quedas dos últimos pregões e com o mercado ansioso pela Super Quarta.



O dólar subia na manhã desta terça, ganhando ainda mais terreno depois de na véspera ter fechado acima de R$ 5 pela primeira vez em mais de quatro meses, conforme investidores se mostravam cautelosos no primeiro dia de reuniões dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta terça (19)

Ibovespa aguarda Super Quarta

Amanhã acontece a Super Quarta, quando as reuniões do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve acontecem no mesmo dia.

O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, aponta que os investidores mantêm uma postura de cautela, aguardando as decisões sobre a política monetária.

Ele destaca que é esperado um corte de 50 pontos-base nos juros amanhã, mas há incertezas sobre a manutenção do forward guidance.

“Acredito que, independentemente das mudanças na orientação futura, dados econômicos até junho podem justificar um corte adicional de 50 pontos, além dos previstos para março e maio. No entanto, o mercado está cada vez mais inclinado a acreditar numa desaceleração do ciclo de flexibilização para 25 pontos-base de corte em junho”, pondera.

Magazine Luiza (MGLU3) registra lucro líquido de R$ 212,2 milhões no 4T23

Magazine Luiza (MGLU3) registrou no quarto trimestre do ano passado um lucro líquido de R$ 212,2 milhões. Com isso, a companhia reverteu a baixa de R$ 35,9 milhões, apontada no mesmo período de 2022.

O lucro líquido pós-ajustes ficou em R$ 101,5 milhões, contra perdas de R$ 15,2 milhões um ano antes.

O analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, aponta que os números apresentados ficaram um pouco abaixo do esperado, com contração nas vendas no e-commerce. Dessa maneira, espera uma reação negativa.

“Apesar das vendas fracas, a rentabilidade apresentou leve melhora no 4t23, o que deve evitar uma reação negativa aos resultados”, pondera.

Braskem (BRKM5) apresenta prejuízo de R$ 1,5 bilhões no 4T23

Braskem (BRKM5) teve prejuízo líquido de R$ 1,575 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), marcando queda de 8% na base anual, conforme mostra documento enviado ao mercado na madrugada desta terça-feira (19).

Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente chegou a R$ 1,049 bilhão, marcando alta de 13% ante o trimestre anterior.

A petroquímica explica que o avanço foi motivado principalmente pela priorização de vendas com maior valor agregado e otimização do mix vendas.

Para Mateus Haag, analista da Guide, o impacto dos números apresentados pela empresa são marginalmente positivos. “A companhia segue sendo negativamente impactada pelo mau cenário econômico do setor petroquímico. Apesar das dificuldades, a companhia conseguiu entregar Ebtida acima das estimativas de mercado”, explica.

Projeções de inflação seguem subindo antes do Copom

Os economistas ouvidos pelo Banco Central continuam elevando as projeções de inflação para este ano. Segundo o Relatório Focus, as expectativas de alta nos preços para 2024 passaram de 3,77% para 3,79%.

Já para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi reajustada, passando de 3,51% para 3,52%. Os demais anos permanecem as mesmas projeções de 3,50%.

Vale lembrar que a previsão de inflação dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2024 e 2025 são de 3% conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Já a Selic deve encerrar o ano em 9%. Para 2025, 2026 e 2027, a projeção é de que a taxa básica de juros se mantenha em 8,50% ao ano. Amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar mais um corte de 0,50 ponto percentual nos juros, passando a Selic de 11,25% para 10,75%.

Banco do Japão eleva juros pela primeira vez em 17 anos

O mercado amanhece com uma notícia e tanto: o Banco do Japão (BoJ) elevou a sua taxa de juros pela primeira vez em 17 anos, encerrando a sua política de taxa negativa.

A autoridade monetária, que enfrentou a pandemia e os seus efeitos inflacionários sem mexer na sua política, aumentou os juros de -0,1% para uma faixa de 0% a 0,1%. Até então, o seu último aumento foi em 2007.

Apesar a alta, o BoJ segue um perfil ultra flexível. Tanto que o presidente do banco central, Kazuo Ueda, reforçou que as condições monetárias permanecerão acomodatícias.

Além disso, a Capital Economics avalia que, apesar dos aumentos salariais neste ano, o reajuste nas empresas menores não deverá ser tão forte, o que libera o BoJ de realizar um aperto monetário muito forte.

“Com o crescimento salarial atingindo o pico neste ano, ainda esperamos que a inflação caia abaixo da meta até ao fim de 2024 e que o BoJ não sinta necessidade de aumentar ainda mais a sua taxa”, diz em relatório, divulgado pelo BDM.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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