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Magazine Luiza ou Via: qual ação está mais barata?

22 set 2021, 16:58 - atualizado em 22 set 2021, 17:12
Magazine Luiza
Segundo o BB Investimentos, ambas as ações têm grande potencial de alta, mas uma pode crescer mais (Imagem: Divulgação/Magazine Luiza)

As ações das varejistas Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) acumulam queda de mais de 30% em 2021. As empresas sofrem com a desconfiança dos mercados devido à economia mais fraca. Porém, esse pessimismo não vai durar para sempre.

Segundo o BB Investimentos, ambas as ações têm grande potencial de alta, mas uma pode crescer mais. 

A corretora revisou o preço-alvo tanto da Via quanto do Magazine Luiza para 2022 e quem guardou maior potencial foi a primeira. 

Veja no quadro a seguir:

Via Magazine
Preço-alvo R$ 20 R$ 22,90
Potencial de alta 130% 38%
Recomendação Compra Compra
GMV* R$ 21,7 bi R$ 26 bi

*GMV (volume bruto de mercadoria, em português) no primeiro semestre

De acordo com a analista Georgia Jorge, que assina o relatório, os esforços da dona da Casas Bahia em diversificar suas fontes de receita, ampliando o sortimento de categorias de produtos aos consumidores, aumentando os serviços disponíveis aos vendedores do marketplace e, principalmente, expandindo os serviços financeiros oferecidos no BanQi, “devem contribuir positivamente para a Via apresenta performance superior à do mercado nos próximos trimestres”.

“Entendemos que o preço corrente do papel está muito aquém do preço justo, dadas as iniciativas e resultados que a companhia vem entregando e que devem pavimentar seu crescimento mesmo um cenário mais desafiador”, aponta. 

A especialista lembra que no último Investor Day, a Via destacou sua ambição de se tornar a plataforma de relacionamento e consumo do brasileiro.

Para isso, a varejista selecionou os seguintes pilares estratégicos:

  •  cliente no centro do negócio;
  •  omnicanalidade a serviço do marketplace
  •  utilização de tecnologia e dados
  •  inovação e novos negócios
  • logística, 
  • soluções financeiras.

“Projetamos um crescimento maior em vendas on-line, contemplando o remanejamento de vendas do Whatsapp para o canal digital e o forte crescimento da base de sellers após a adequação da estrutura de onboard realizada no 1S21, o que deve contribuir fortemente para acelerar as vendas do marketplace”, aponta.

Na última terça-feira, os papéis da Via dispararam 11% após a empresa informar que superou a marca de 100 mil vendedores no marketplace.

Magazine Luiza
Em relação a queda das ações, Georgia explica que a derrocada dos papéis foi exagerada

Magalu com todo o gás

No caso do Magazine Luiza, a analista diz que a capacidade de manter forte crescimento de vendas em diferentes cenários é o que a diferencia das demais companhias do setor.

“Mesmo diante de uma forte base comparativa, a companhia tem mantido constância de seu crescimento graças à maturação das diversas iniciativas tomadas ao longo dos últimos visando aumentar sua relevância junto aos consumidores”, pontua.

Porém, ela lembra que esse crescimento não veio sem um pedágio cobrado sobre as margens. 

“Ainda assim, a companhia entregou um semestre rentável mesmo sem as lojas operarem em situação de normalidade”, completa.

A especialista espera que a companhia siga com crescimento, alavancado por diversas medidas ainda em seu estágio inicial, em especial no que se refere às soluções financeiras oferecidas no SuperApp e a exploração das categorias-chave de produto.

Em relação a queda das ações, Georgia explica que a derrocada dos papéis foi exagerada. 

“Entendemos que esse desempenho não se justifica, dadas as diversas iniciativas que o Magazine Luiza tem em andamento e que proporcionam à companhia crescimento expressivo trimestre após trimestre mesmo com fortes bases comparativas, combinado com rentabilidade mesmo em um cenário fortemente competitivo, o que a destaca frente aos seus pares”, diz.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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