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Magazine Luiza tem mais um dia difícil na Bolsa; está na hora de comprar as ações?

20 set 2021, 20:33 - atualizado em 20 set 2021, 20:33
Magazine Luiza
Os analistas calcularam que a ação pode subir cerca de 63% devido ao plano logístico criado pela empresa (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A Bolsa enfrentou mais um dia difícil, o Ibovespa (IBOV) desabou 2,33%. A queda acontece em um dia complicado no mercado internacional devido aos temores sobre uma resseção na economia chinesa.

Em meio a esse caos, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 3,14%. Nos últimos 30 dias os papéis já recuaram cerca de 11%. Sendo assim, olhando para esse cenário turbulento, será que ainda vale a pena investir no Magazine Luiza?

Para responder esse questionamento, o BTG Pactual enviou um relatório aos clientes nesta segunda-feira (20). O Money Times não ficou de fora dessa e obteve o documento.

Para os analistas, o setor de e-commerce tende a enfrentar algumas dificuldades para crescer, por causa de um cenário competitivo de curto prazo e de uma base comparativa mais difícil devido à grande expansão do ano passado.

No entanto, Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini calcularam que a ação pode subir cerca de 63% devido ao plano logístico criado pela empresa.

Em videoconferência realizada com a administração da companhia, os especialistas descobriram que 53% das compras realizadas no Magalu são entregues em 24 horas desde julho desse ano.

Delivery Entrega Transportadora Transportes
Os especialistas descobriram que 53% das compras realizadas no Magalu são entregues em 24 horas (Imagem: Pixabay/@15675001)

Não obstante, 70% dos pedidos passaram a chegar na mão do consumidor em até 48 horas após a aprovação do pagamento.

Desse ponto de vista, Guanais, Disselli, Rogatis e Temporini comentaram que essa evolução aconteceu após a compra de três empresas do setor de entregas, a Logbee, GFL Logística e Sode. A última foi adquirida em julho de 2021.

Os especialistas destacaram a GFL Logística com uma das principais soluções da varejista para entrega de seus produtos.

“A startup oferece principalmente as seguintes soluções: entrega no mesmo dia e última milha, logística reversa e coleta na primeira milha, com 85% das entregas em 1 dia e 100% em 2 dias”, explicaram os analistas.

Além da redução no tempo de entrega, eles destacaram que para superar a saturação no e-commerce, a empresa deve cobrar um frete abaixo do mercado para ser mais atrativo para o cliente.

Para superar a saturação no e-commerce, a empresa deve cobrar um frete abaixo do mercado (Imagem: Freepik)

De acordo com os analistas, o Magalu passou a buscar esse padrão investindo na verticalização dos processos, como a possibilidade de retirar o produto na loja, o que reduz os custos para a entrega.

Outro ponto é que a companhia buscou superar os desafios para aumentar o seu market place com três inovações.

A primeira foi a Magalu Coletas, a qual foi iniciada em 2020 e, atualmente, corresponde a 60% dos pedidos de marketplace.

Além disso, a empresa possui cerca de 590 lojas fazendo coleta dos itens vendidos no marketplace (10% dos pedidos). Para o final do ano, ela possui uma estimativa de 1 mil lojas como local de coleta.

“A companhia lançou também a Agência Magalu, serviço de drop shipping para que os vendedores deixem os produtos nas lojas, antes de serem entregues aos compradores (frete 20% mais barato e prazo de entrega 30-40% mais rápido que os Correios)”, comentaram os analistas.

Por isso, o banco visualizou um esforço no Magazine Luiza para gerar resultado e superar as dificuldades do setor. Sendo assim, o BTG recomendou compra para a varejista com preço-alvo de R$ 26.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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