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Magnata italiano, fundador da GEDI Gruppo Editoriale, trava batalha com filhos

15 out 2019, 8:39 - atualizado em 15 out 2019, 8:39
Empresas GEDI Gruppo Editoriale Itália
Sede da gigante mídia italiana alvo da disputa entre Carlo De Benedetti e seus filhos (Imagem: Site oficial)

O fundador de uma das editoras de notícias mais famosas da Itália está em pé de guerra com os filhos pelo controle dos negócios.

No domingo, Carlo De Benedetti, 84 anos, fez uma oferta para comprar 30% da GEDI Gruppo Editoriale, que controla jornais como o la Repubblica e La Stampa.

De Benedetti fundou a empresa há mais de quatro décadas e transferiu sua participação majoritária aos filhos Marco, Rodolfo e Eduardo em 2012, depois de se afastar dos negócios. Quando a circulação começou a diminuir nos últimos anos, De Benedetti passou a repreender os filhos por administrar mal os negócios.

Sua oferta de aquisição hostil de 38 milhões de euros (US$ 42 milhões) visa “relançar o grupo ao qual fui associado durante a maior parte da minha vida”, disse De Benedetti em carta citada pela agência de notícias Ansa.

Os filhos rejeitaram categoricamente a oferta, e Rodolfo De Benedetti disse que estava “chocado” com a medida tomada pelo pai, segundo a Ansa.

As ações da empresa perderam cerca de 75% do valor nos últimos quatro anos. De Benedetti fez a oferta de 25 centavos por ação por meio de sua holding Romed SpA.

A editora uniu as operações com a divisão de mídia da Fiat Chrysler Automobiles em 2016. A parceria não conseguiu reanimar o negócio e, no ano passado, a empresa rejeitou uma oferta de aquisição de outro empresário de peso italiano, o ex-presidente da Telecom Italia Flavio Cattaneo, de acordo com pessoas a par do assunto.

Rodolfo De Benedetti é presidente do conselho da CIR, a holding familiar que detém quase 44% da GEDI, enquanto Marco é presidente do conselho da GEDI e, desde 2015, é cochefe para a Europa no Carlyle, empresa de private equity dos EUA.

A longa carreira de Carlo De Benedetti incluiu o posto de CEO da Fiat em 1976. Deixou o cargo em menos de quatro meses, depois de um desentendimento sobre estratégia com a família Agnelli, controladora da montadora.

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