Política

Maia: É viável aprovar reforma da Previdência no 1º semestre

18 mar 2019, 13:53 - atualizado em 18 mar 2019, 13:53
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, nega que tenha havido perda de apoio da reforma na Câmara (Imagem: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje (18) que é viável aprovar a reforma da Previdência na Casa ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo ele, os defensores da reforma precisam convencer os 320 deputados sobre a importância das mudanças nas regras previdenciárias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Não temos 320 deputados que foram eleitos com a agenda da reforma da Previdência. Temos que mostrar aos 320 a importância da reforma. Nós, que defendemos a urgência e a decisiva reforma da Previdência, precisamos mostrar a 250, 280 deputados que não foram eleitos com essa agenda, que, para que o Brasil volte a investir, a gente precisa da reforma da Previdência”, disse Maia.

Carteira Money Times: O Consenso do Mercado na sua Mão

Maia nega que tenha havido perda de apoio da reforma na Câmara, mas não quis revelar com quantos votos favoráveis a medida pode contar. “Eu não gosto de falar de números. O que eu acho é que com uma boa articulação política, um bom diálogo do Poder Executivo com o Legislativo, e isso o ministro [da Economia] Paulo Guedes tem feito muito bem, a gente tem hoje um ambiente muito melhor do que a gente teve no passado, para aprovar uma reforma da Previdência”, disse aos jornalistas após evento na Fundação Getulio Vargas (FGV).

Durante discurso no evento, Maia disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa se aproximar mais da política. “Eu digo sempre ao ministro Paulo Guedes, que tem aprendido rápido a fazer política, mas que ainda precisa se aproximar mais da política: ‘ministro, infelizmente, não temos 320 liberais no parlamento brasileiro. É uma construção, mostrando aos parlamentares que não têm a agenda de reforma de que essa agenda da Previdência vai gerar condições para que o Estado brasileiro volte a ter condições de investir na melhoria da qualidade de vida das pessoas”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Confiança

Maia se mostrou confiante na aprovação da reforma e disse que, mesmo que não haja apoio de parlamentares agora, esse quadro mudará quando começar um diálogo com as bancadas dos partidos. “Política é diálogo, conversa, paciência e equilíbrio.”

Garanta um método eficaz para gerar renda adicional periodicamente

“Quando há boa vontade dos presidentes da República, do Congresso e do Supremo, a gente só não aprova uma boa reforma da Previdência, se a gente errar muito. E acho que a gente não vai errar. Todos nós temos muita experiência.”

Segundo Maia, é importante que não haja discussões que prejudiquem a reforma da Previdência, como as mudanças de regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a colocação em pauta da desvinculação das receitas orçamentárias. Segundo ele, se o BPC não tiver nenhum impacto fiscal relevante, o ideal é que não se discuta a questão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sobre a desvinculação, o receio é que a discussão possa criar problemas com as bancadas da saúde e da educação. “Ela gera algumas polêmicas no curto prazo que podem atrapalhar, mas se for a decisão do governo e do Senado debater a desvinculação, nós vamos debater. Ela vai mobilizar as bancadas de saúde e educação contra. Você vai trazer duas bancadas para negociar esse tema junto com a reforma da Previdência”.

Olavo de Carvalho: Governo acaba em seis meses e Mourão é um idiota

Maia também disse ser importante que os militares participem da reforma. “Os militares sabem fazer conta. Ou eles ajudam, como têm ajudado a fazer a reforma também das Forças Armadas, ou eles vão ficar também sem receber salário.”

Rodrigo Maia falou com a imprensa depois de um evento sobre reforma da Previdência, promovido hoje (18) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que também participou do evento, disse que o STF não quer ter um protagonismo desnecessário nas discussões da reforma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar