Política

Maia pede que Petrobras destine R$ 800 milhões para a Amazônia

23 ago 2019, 20:56 - atualizado em 23 ago 2019, 21:14
Segundo Maia, são recursos “que estão parados e entrariam hoje no caixa do governo e poderiam, inclusive, ir para os estados da região (amazônica)” (Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sugeriu nesta sexta-feira (23) a liberação de R$ 2,5 bilhões do fundo da Petrobras (PETR3PETR4) para a educação e para a Amazônia.

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“Minha proposta para o combate às queimadas é efetiva. Peticionarmos juntos no Supremo, pedindo os R$ 2,5 bilhões do fundo da Petrobras para a educação e também para a Amazônia”, disse Maia, em seu perfil no Twitter.

Segundo Maia, são recursos “que estão parados e entrariam hoje no caixa do governo e poderiam, inclusive, ir para os estados da região [amazônica]”.

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Destinação de recursos

A Câmara já havia solicitado ao STF que o valor do fundo da Petrobras fosse destinado à educação. No entanto, devido às queimadas na Amazônia, foi apresentado ao Supremo um novo pedido para a liberação dos recursos:

– R$ 1,5 bilhão para o pagamento de despesas discricionárias relacionadas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE);

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– R$ 200 milhões para descontingenciar o bloqueio orçamentário de programas relacionados à proteção do meio ambiente;

– R$ 800 milhões para ações orçamentárias destinadas à prevenção e ao combate de incêndios florestais. Metade desses recursos seria liberada por execução direta e outra metade por meio de execução descentralizada, envolvendo articulação entre o Ministério do Meio Ambiente e os estados da região amazônica.

Autorização do STF

O pedido da Câmara se refere a 682,5 milhões de dólares, pouco mais de R$ 2,5 bilhões, suspensos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes desde março.

Os recursos são referentes ao acordo feito entre a força-tarefa da Operação Lava Jato e o governo dos Estados Unidos para ressarcimento dos prejuízos causados a investidores norte-americanos pelos casos de corrupção na Petrobras. Pelos termos do acordo, parte da multa seria enviada para uma fundação de interesse social, a ser criada pela força-tarefa, que também faria a gestão dos recursos.

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Depois da decisão de Moraes, os recursos só podem ser movimentados com autorização do STF.

Emergência ambiental

No documento encaminhado ao STF, a Mesa Diretora da Câmara alerta sobre a situação de “emergência ambiental” observada nos últimos dias.

“A semana que ora se encerra tornou evidente o aumento do número de focos de queima de vegetação na região amazônica – fenômeno, aliás, já antes evidenciado em alertas de entidades estatais e não estatais de diversas nacionalidades, com esteio em metodologia científica”, diz o documento. “A comunidade internacional de nações passou a compartilhar dessa preocupação, por meio de diversos pronunciamentos que instam à ação, para assim fazer frente ao verdadeiro estado de emergência ambiental deflagrado pelo agravamento da crise.”

O documento também ressalta que a atual situação “pode gerar prejuízos não apenas ao meio ambiente, mas à própria economia brasileira, haja vista a importância crescente em âmbito nacional e internacional com o oferecimento de produtos e serviços ambientalmente sustentáveis, cenário que insta os Poderes da República à solução integral e decisiva do problema”.

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Mobilização na Câmara

Rodrigo Maia também já anunciou que a Câmara vai criar uma comissão externa para acompanhar as queimadas que atingem a Amazônia. Outra iniciativa prevista é a realização de uma comissão geral (sessão de debate no Plenário) nos próximos dias para propor soluções ao governo sobre o incêndio que ocorre na região.

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agencia.camara@moneytimes.com.br