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Maior demanda por papel higiênico macio tem custo climático

25 jun 2020, 16:48 - atualizado em 25 jun 2020, 16:48
Papel Higiênico Consumo Atacado
“Não há nenhuma razão real para que o papel higiênico do escritório seja fabricado com material reciclado e o do consumidor seja de fibra virgem.” (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)

Os americanos têm passado mais tempo em casa ultimamente e, com isso, estão gastando mais em papel higiênico macio. Mas isso pode ser má notícia para o meio ambiente.

O tipo de papel delicado que se esgotou no início da pandemia utiliza material proveniente principalmente de florestas desmatadas, de acordo com o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC, na sigla em inglês). Os escritórios, por outro lado, tendem a usar papel higiênico de fibras recicladas, disse o grupo.

“O efeito colateral de uma crise não deveria exacerbar outra”, disse Shelley Vinyard, especialista em meio ambiente do NRDC, que divulgou relatório na quarta-feira sobre o impacto climático do papel higiênico.

“Não há nenhuma razão real para que o papel higiênico do escritório seja fabricado com material reciclado e o do consumidor seja de fibra virgem.”

Quase 60% do papel higiênico doméstico nos EUA vem do chamado material virgem, proveniente de florestas do norte do Canadá. Há anos, o NRDC tem destacado o impacto do papel higiênico que utiliza material não reciclado.

No novo estudo, o grupo deu notas F às marcas da Procter & Gamble, Georgia-Pacific e Kimberly-Clark – os três maiores fabricantes de papel higiênico dos EUA – pelo impacto ambiental de seus produtos.

A P&G disse por e-mail que sua popular marca Charmin é “proveniente de florestas administradas de forma responsável” e que pelo menos uma árvore é renovada para cada uma que a empresa usa. Um representante da Georgia-Pacific se referiu a uma declaração anterior de que a empresa está comprometida com a sustentabilidade e que o Canadá, em particular, possui regulamentos em vigor para ajudar a minimizar o risco de desmatamento.

A Kimberly-Clark se comprometeu a reduzir o uso de fibra de madeira virgem de florestas naturais em seus produtos de tissue em 50% até 2025, disse Terry Balluck, porta-voz da empresa. “Entendemos o ponto de vista do NRDC e continuamos comprometidos com o diálogo contínuo sobre os desafios complexos apresentados em seu relatório.”

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