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Maior entrada desde 2022: Estrangeiros puxam alta da Bolsa com aporte de R$ 26,5 bilhões no primeiro semestre

03 jul 2025, 11:12 - atualizado em 03 jul 2025, 11:12
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(Imagem: iStock/Galeanu Mihai/Reprodução - Montagem: Giovanna Figueredo)

Os investidores estrangeiros voltaram com força à Bolsa brasileira no primeiro semestre de 2025. De janeiro a junho, o fluxo líquido no mercado secundário da B3 foi positivo em R$ 26,5 bilhões, segundo dados da bolsa.

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Esse é o maior saldo desde o primeiro semestre de 2022, quando os estrangeiros aportaram R$ 70,5 bilhões no mercado acionário local. O desempenho contrasta com o mesmo período de 2024, quando o capital estrangeiro teve saída líquida. Em 2023, o saldo ficou positivo em R$ 23 bilhões.

A nova onda de entrada, no entanto, não reflete um otimismo unânime com o Brasil. Ao contrário dos gringos, os investidores locais mostraram cautela, com instituições como fundos e bancos vendendo R$ 30 bilhões mais do que compraram no período. O investidor pessoa física até manteve fluxo positivo, com R$ 6,4 bilhões líquidos em compras, um valor modesto.

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Ibovespa renovando recordes

Mesmo com a volatilidade, o fluxo estrangeiro foi suficiente para sustentar o Ibovespa e levá-lo a renovar máximas históricas no primeiro semestre, aos 140 mil pontos.

O desempenho da Bolsa brasileira também chamou atenção no exterior: o ETF EWZ, que acompanha o MSCI Brazil e é negociado em Nova York, acumulou alta de 27,9% em 2025 até agora, superando o ETF de emergentes (MSCI EM), que avançou 14,3% no mesmo período.

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A reprecificação global dos ativos, com saída de US$ 12,3 trilhões das ações americanas no auge da crise tarifária em abril, abriu espaço para realocação de capital. O Brasil, embora tenha captado apenas 0,3% desse volume, se beneficiou da busca por diversificação e da melhora relativa de fundamentos como câmbio, commodities e juros reais.

O desafio agora é saber até quando esse fluxo permanece. Se os sinais externos mudarem, os mesmos algoritmos que compraram podem virar.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.