Ibovespa Maioria das bolsas na Ásia fecha em queda; mercado aguarda PIB dos EUA
A maioria das bolsas asiáticas fecharam no vermelho nesta sexta-feira (26), com as ações caindo à medida que uma inesperada queda na produção industrial japonesa ressaltou as preocupações com a expansão global. O iuane subiu depois que o presidente Xi Jinping disse que seu país não se envolveria em depreciação cambial.
No final de uma semana movimentada de ganhos, os investidores estão fazendo um balanço de surpresas corporativas boas e ruins contra um cenário econômico frágil, e diminuem o apetite ao risco enquanto aguardam por outros resultados corporativos, além de dados econômicos nos Estados Unidos.
O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre nos EUA será divulgado nesta sexta-feira e será acompanhado de perto, à medida que os investidores buscam razões para reacender a recuperação de 2019 em ativos de risco. Paralelamente, preocupações renovadas em vários mercados emergentes, incluindo Coreia do Sul, Turquia e Argentina, estão contribuindo para o clima de cautela.
O índice MSCI Ásia-Pacífico, que mede o desempenho dos mercados acionários na Ásia, excluindo o Japão, terminou o dia com recuo de 0,24%, aos 162,13 pontos.
“Os mercados acionários saíram rapidamente de suas baixas em dezembro e estão vulneráveis a um recuo de curto prazo”, afirmou Shane Oliver, chefe de estratégia de investimentos e economista-chefe da AMP Capital, citado pela rede americana CNBC.
Em Tóquio, o índice Nikkei 225 perdeu 0,22%, para 22.258,73 pontos, enquanto o indicador Topix, composto por todas as ações de primeira linha da bolsa japonesa, caiu 0,15%, para 1.617,93 pontos.
As ações da Nintendo recuaram 1,32% depois que a companhia anunciou vendas menores que o esperado de unidades do videogame Switch. Foram 16,95 milhões no ano fiscal encerrado em março de 2019, um pouco abaixo da previsão de 17 milhões.
Em Seul, o principal índice acionário Kospi fechou a sexta com queda de 0,51%, aos 2.179,31 pontos, influenciado negativamente pela notícia de que diversos economistas, incluindo um do gigante bancário norte-americano JP Morgan, rebaixaram suas previsões de crescimento para a Coreia do Sul em 2019, principalmente após a quarta maior economia da Ásia informar ontem que registrou uma contração de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano.
Coreia do Sul: Economistas rebaixam previsões após PIB atingir pior nível desde 2018
Nesta sexta-feira, Lee Ju-yeol, presidente do Banco Central da Coreia do Sul (BoK, na sigla em inglês), previu que as condições econômicas da Coreia do Sul vão melhorar perante a situação atual após pedir mais esforços políticos para impulsionar o crescimento econômico.
BC da Coreia do Sul prevê melhora da economia após pior PIB desde 2018
“É verdade que a economia está enfrentando dificuldades porque as condições externas não são favoráveis e o setor privado continua subjugado”, revelou Lee Ju-yeol, em uma reunião com chefes de bancos locais. Entretanto, “a contribuição dos gastos do governo para o crescimento econômico aumentará e as condições econômicas globais melhorarão gradualmente”, previu.
Na China, o índice Shanghai Composite da Bolsa de Xangai diminuiu 1,20%, para 3.086,40 pontos. Já na Bolsa de Shenzhen, o indicador Shenzhen Component caiu 1,28%, para 9.780,82 pontos.
A autoridade monetária da China, conhecida como Banco do Povo (People’s Bank of China ou PBC, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira que manterá uma política monetária prudente, “nem rigorosa e nem frouxa no momento”. Liu Guoqiang, vice-presidente do PBC, revelou em entrevista coletiva que a China “não tem a intenção de apertar ou relaxar a política monetária”.
Na contramão, alguns mercados terminaram a semana em terreno positivo. Na Austrália, o índice ASX 200 fechou com alta de 0,05%, para 6.385,65 pontos. Já em Hong Kong, o indicador referencial Hang Seng subiu 0,19%, para 29.605,01 pontos.
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