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Mais conservador, Banrisul usufrui de boa liquidez para enfrentar pandemia

08 abr 2020, 12:42 - atualizado em 08 abr 2020, 12:42
O Banrisul estima uma liquidez adicional de R$ 5 bilhões com as medidas recentes impostas pelo Banco Central (Imagem: YouTube/Banrisul)

Diferentemente da crise anterior, o Banrisul (BRSR6) adotou uma postura mais conservadora com suas linhas de crédito e conta agora com boa liquidez para encarar os impactos do coronavírus na economia mundial, afirmou o banco Safra, após reunião com representantes da empresa.

“Boa parte das linhas de crédito da instituição está menos arriscada (concentrada no varejo, especialmente na categoria consignada), ainda que continuemos a enxergar uma pressão negativa sobre as receitas de serviços”, comentaram os analistas Luis F. Azevedo e Silvio Dória.

As receitas de serviços com cartões de crédito devem sofrer grande pressão com as medidas de distância social impostas para impedir a disseminação da covid-19, mas nada que influencie a recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) que o Safra tem para ação. O preço-alvo em 12 meses é de R$ 29.

O Banrisul está mais seletivo, servindo apenas a consumidores específicos. Contas do Rio Grande do Sul podem pressionar parte do portfólio de crédito consignado da companhia em caso de adiamento de salário, mas um impacto significativo apareceria apenas com pagamentos atrasados em mais de 90 dias – situação muito difícil de acontecer, na avaliação de Azevedo e Dória.

Medidas

O banco estima uma liquidez adicional de R$ 5 bilhões com as medidas recentes impostas pelo Banco Central (BC). Com a limitação do pagamento de dividendos, a instituição deve adiar a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP), concentrando o volume para o fim do ano.

Outra medida bem sucedida foi a implementação do trabalho remoto.

“Apesar de ter uma estrutura complexa, o banco conseguiu manter suas atividades operacionais em um ambiente remoto. Dentre aproximadamente 3 mil funcionários, 90% já estão atuando sob regime de home office”, destacaram os analistas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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