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Mais dividendos e retornos de 117%: Por que Santander e BTG estão confiantes com esta ação

14 out 2023, 15:53 - atualizado em 14 out 2023, 18:43
Cielo, STF
Na visão do BTG Pactual, o preço atual das ações atribui valor próximo de zero para o braço adquirente Cateno (Imagem: Cielo/Divulgação)

Se 2022 foi o ano da Cielo (CIEL3), com disparada de 130%, 2023 se desenhou como cenário mais complicado para a dona de maquininhas de pagamentos. No período, a ação caiu 27%. Porém, para os analistas, apesar dos riscos, a ação continua atrativa.

Na visão do BTG Pactual, o preço atual das ações atribui valor próximo de zero para o braço adquirente Cateno.

“Negociando a 5 vezes o preço sobre o lucro (P/L), o mercado parece estar antecipando um colapso nos lucros futuros. No entanto, dada a natureza previsível Cateno, isso parece improvável”, explicam os analistas Eduardo Rosman, Thiago Medo e Ricardo Buchpiguel.

Em relatório, o Santander diz que embora a Cielo pareça estar passando por um período desafiador, a maioria dos riscos já está precificada nas ações nos múltiplos atuais.

O banco tem preço-alvo de R$ 7,5 para o papel, potencial de alta de 117%. Já o BTG possui preço-alvo de R$ 5, potencial de alta de 35%.

Além disso, o BTG vê espaço para a Cielo considerar recompras e/ou aumento do pagamento de dividendos. O banco projeta rendimentos de 12,2% para a companhia.

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Cielo: terceiro trimestre desafiador

Para o BTG, a Cielo terá um terceiro trimestre mais fraco, devido a combinação de volumes estáveis, rendimentos mais baixos e despesas mais elevadas, reduzindo a rentabilidade.

Com isso, o banco projeta agora R$ 440 milhões de lucro líquido no período (10% abaixo da estimativa anterior).

“Embora ainda esperemos uma recuperação no quarto trimestre, agora estimamos o resultado final recorrente do ano fiscal de 2023 em R$ 1,9 bilhão, antes em R$ 1,95 bilhão”, calcula.

Já o Santander vê lucro líquido de R$ 449 milhões para a empresa, queda de 8% na comparação trimestral e aumento de 6% na comparação anual.

Os analistas veem uma combinação de fatores que pode resultar em lucros menores, entre eles:

  • baixo crescimento esperado do TPV (volume total de pagamentos);
  • redução esperada no rendimento das receitas, devido à ausência de reprecificação durante o trimestre, bem como à mudança no mix em direção à parte superior da pirâmide das PME (pequenas e médias empresas);
  • expectativa de aumento de despesas, impulsionado pelo aumento do quadro de vendas, acordo coletivo de trabalho e maiores despesas com marketing;

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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