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Mais resiliente e digital, Banco do Brasil está bem capitalizado para atravessar a crise

09 abr 2020, 13:25 - atualizado em 09 abr 2020, 13:25
Uma das principais mudanças observadas pelo banco com a disseminação da covid-19 foi o aumento de usuários nos canais digitais – segmento altamente beneficiado com o surto (Imagem: Money Times)

O Banco do Brasil (BBAS3) parece estar se saindo bem durante a crise do coronavírus. Em uma teleconferência com a XP Investimentos, executivos da instituição falaram sobre as medidas adotadas para limitar a disseminação da doença e o desempenho de suas operações diante dos efeitos da covid-19.

Uma das principais mudanças observadas pelo banco foi o aumento de usuários nos canais digitais – segmento altamente beneficiado com o surto.

Com as agências trabalhando em horário reduzido e atendendo só serviços essenciais, o número de acessos diários nas plataformas online do banco atingiu 5 milhões em março, enquanto a quantidade de novos usuários no período foi de 500 mil. O Banco do Brasil disse que já conta com mais da metade de sua base de clientes usando os meios digitais regularmente.

O Banco do Brasil acredita que o primeiro trimestre não será de grande anormalidade, e espera que as grandes empresas e o setor agrícola voltem a crescer logo mais (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A companhia segue com uma carteira de crédito resiliente. O Banco do Brasil acredita que o primeiro trimestre não será de grande anormalidade, e espera que as grandes empresas e o setor agrícola voltem a crescer logo mais.

“Destaque importante para a opinião dos gestores de que a carteira do banco seja mais defendida do que a média do mercado, opinião que compartilhamos pelo fato de a empresa possuir 42% da carteira entre agro e consignado”, disse o analista do Setor Financeiro da XP, Marcel Campos.

Crédito

Os executivos se mostraram mais cautelosos quanto à originação de crédito. A instituição decidiu não cortar as linhas de crédito para clientes cuja análise é favorável, uma vez que isso acaba gerando um aumento na inadimplência.

Sobre o nível de liquidez, nenhum movimento de baixa foi destacado.

“O histórico demonstra que a liquidez do Banco do Brasil aumenta em momentos de stress pelo fato da empresa se destacar como um porto seguro e pela sua dimensão e base acionária”, ressaltou Campos. A companhia informou que está bem capitalizada para atravessar esse momento de vulnerabilidade.

A ação do Banco do Brasil é a preferida da XP, que reiterou sua recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 43.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.